31.7.02

Xuxete

Outra coisa que pegou mal (manchou meu curriculum) foi a gravação de um programa da Xuxa em que eu apareço. Deus, o que era aquilo? Merchandising por todos os lados! Boneca da Xuxa, Coca-Cola, disco do Sullivan e Massadas. Atração musical: Roupa Nova (de roupa velha!!!!!! Gravatinha fina, camisa aberta, teclado a tiracolo! Onde já se viu uma coisa dessas? Na infame década retrasada, é claro!).
Mas o que importa é que depois de assistir à bomba toda, ficou na minha cabeça - ô musiquinha mais grudenta - a seguinte pérola:
"Bom dia amiguinhos já estou aqui/ Tenho muitas coisas pra nos divertir/ Quero ouvir vocês/ Vou contar até três.../ Um dois três/ Vamos todos de uma vez/ Nãnãnãnãnãnãnaí no chão/ Cantando alegremente essa canção."
E já faz dois dias.
ARRRGHH!!!
Vídeos comprometedores

Meus vídeos de criança (gravados por aquela câmera horrenda e pesadíssima que meu pai tinha a pachorra de manusear). Eu queria uma placa de captura para digitalizar minhas gracinhas (aceito doações e pechinchas).
Primeiro, a lista dos meus vídeos comprometedores:
Festa de 2 anos (tema: Turma da Mônica)
Festa de 4 anos (tema: Ursinhos Carinhosos - bleargh!)
Apresentação de ballet (vestido roxo de camponesa, um crime!)
Casa da tia-avó + festa julina do Santo Amaro
Festa de 5 anos (um caos, foi lá em casa... tema: Cinderela)
Festa de 6 anos (tema: Mickey e Minnie)
Festa de 7 anos (tema: Pintando o sete - HAHAHAHA)
Festa de 9 anos (tema: Sorvete colorê - céus!)

As descobertas:
1- Na maioria das minhas festar eu estava com um pirulito, daqueles coloridos em espiral, na boca. Eu nunca chegava a terminá-lo.
2- Os brindes das minhas festas de aniversário eram bem legais. Na festa da Minnie, as crianças ganhavam um chapéu com as orelhas. Na festa do sorvete (céus...) as crianças ganhavam um... sorvete de brinquedo... que quando você apertava um botãozinho, a bola pulava na cara dos outros. Ha, ha.
3- Na minha festa de 7 anos, eu estava usando um tomara-que-caia. Hã?
4- Na minha festa de 7 anos, o bolo era uma palheta com 7 cores (feitas de açúcar cristal).
5- Eu era quase autista. Não é que não tivesse medo das câmeras, parecia que eu não as estava vendo!
6- Meu trauma filmado (festa de 2 anos). Toda vez que eu conseguia chegar ao alto do escorrega, meu pai me tirava de lá, com medo que eu me machucasse. Isso se repetiu cerca de 15 vezes (eu era teimosa) antes de eu conseguir descer pelas vias normais.
7- Dança das cadeiras no aniversário de 7 anos. Sobrou o gorducho do Thiago e o irmão dele, mirradíssimo (Gabriel), em volta da única cadeira. A música pára, Gabriel consegue sentar, Thiago dá uma barrigada lateral no Gabriel, que voa longe, e senta na cadeira.
8- Eu era vesga!
9- Eu dançava balé hipermal!
10- Eu "desfilei" em volta da piscina (melhor seria dizer poça) da casa da minha tia, uns 5 anos de idade. Alguém gritou, "faz fio-dental" e eu, obediente, puxei a tanguinha com toda a força possível.
11- Meu aniversário de 6 anos foi filmado por gente profissional. Como isso foi em 89, creiam-me: é mais constrangedor que os amadores. A "GERACAO" de caracteres, então, nem se fala. As mudanças de cor do meu nome também são horripilantes. Trilha sonora: "Nós somos o amanhã/ num disco voador..."
12- Aliás, trilha sonora dessas festinhas... Balão Mágico, Xuxa, Angélica.

28.7.02

Blogchalk

Google! DayPop! This is my blogchalk: Portuguese, Brazil, Rio de Janeiro, Botafogo, Simone, Female, 16-20!

26.7.02

E daí?

O "No Shopping", meu livro publicado, tinha 61.766 caracteres.
O novo, por enquanto, tem 124.649 caracteres.
Daí...?
Daí que o novo vai ser maior, oras.

25.7.02

AudioGallaxy, o dia seguinte

Seu Lobo: não adianta soprar: nessa Kazaa ninguém Imesh!
O canteiro do Pinel

Diz a lenda que o prédio da Escola de Comunicação da UFRJ (ECO) já foi um hospício. Mentira. Nunca deixou de ser!
Teoria alheia que tomo emprestada (créditos para Paulo da turma A): um grande trabalho social de reintegração de desequilibrados mentais à sociedade está sendo desenvolvido na ECO. Alguns dos quadros são graves: histéricas, sociopatas, maníacos sexuais, pedófilos, hipercapitalistas, extremistas de esquerda, e alguns que pensam ser Hitler/ Napoleão Bonaparte/Roberto Campos... Os perturbados são ensinados a se fazerem de professores capacitados (bem, quanto à capacitação, não enganam ninguém) e os alunos, quando chegam no primeiro período, mansinhos, agüentam tudo para não prejudicar as notas.
O resultado desse recalque, já na minha opinião, é a grande concentração de alunos loucos na ECO (descontar uso de psicotrópicos ilegais). Cuidado: amanhã estaremos escrevendo o seu jornal, o seu comercial, a sua novela!
Da série: professores abomináveis

Dessa vez não é o reprovador maluco Saboga, nem a tia de quarta série Fátima. Hoje é dia da professora de Antropologia, Priscila Kuperman (pede trocadilho, não?).
Exemplar do gênero Picaretus, Priscila passa as três primeiras aulas de cada período falando sobre o Outro e os princípios da Alteridade, e de como devemos levar em conta as diferenças como algo enriquecedor, e não ter medo da sua potencial geração de caos. Pronto, isso é todo o conteúdo das aulas que ela dá. Sim, porque ela nos faz dar o resto das aulas sob a forma de seminários (a partir de textos que sempre chegam a essa mesmíssima conclusão).
Eu achava que ela só conhecesse esse conceito, mas que pelo menos o levasse a sério. Mas nem isso, o princípio da Alteridade pra ela é pura conversa acadêmica. Balela.
Hoje ela apareceu e... cadê os caras que iam dar o seminário? Não estavam (eram alunos picaretas, como ela). A mulher, contendo o pânico, foi buscar um texto e começou a falar uma resenha de um livro (interminável), entremeando com outros assuntos não de todo desinteressantes. Comecei a falar (sussurrar!) com quem estava do lado sobre a aula e qual a minha surpresa ao constatar que ela me mandara calar a boca!
Tudo bem, pensei, talvez eu estivesse falando um pouco alto. Até que ela falou de eleições e eu, tomando o maior cuidado com o volume da voz, comentei que havia lido uma coluna ótima do Verissimo sobre isso. Meu colega pediu um resumo do que eu lera, mas lá pela terceira frase noto um incomum silêncio.
Está a professora olhando para mim com aquela cara de Kuperman.
- Posso falar?
- Eu estava só fazendo um comentário sobre o que você estava dizendo.
- Não... pois é, só queria saber se eu podia falar.
E foi em frente. Eu rolei os olhos. Grande "princípio da Alteridade". Grande "multiplicidade de vozes"... aqui, ó! A única voz que tem por lá é a dela, chata e monocórdia (e ainda dá aula sentada atrás da mesa!).
Da série: coisas que não gosto

1-Pessoas que "batem ponto" no blog. Exemplo: "hoje naum aconteceu nada... tava com pregui... vi tv...rs"
2-Computadores que travam.
3-Desistir de fazer algo divertido porque está morrendo de sono e quando deitar não conseguir dormir.
4-Gostar de uma música que ninguém conhece. Exemplo: End theme (Morcheeba).
5-Perceber que uma música, a qual pessoas legais adoram e você dizia que não gostava, era fantástica. Exemplo: Paranoid Android (Radiohead).
6-Odiar a música que todo mundo gosta e sempre toca. Exemplo: Mr. Jones (Counting Crows).
7-Esquecer o que você ia escrever e sabia um momento antes. Exemplo: esse.

15.7.02

Roteirizando

Peguei um trecho apócrifo do meu livro novo (um trecho que havia retirado por achar que não se encaixava mais) e levei pra aula de Audiovisual. Bem, na verdade é um laboratório onde o trabalho final é um curta. Mostrei o dito-cujo pro meu grupo de trabalho e eles gostaram.
Ah, agora só falta transformar em roteiro... Putz, mas como?
O professor me disse que tenho que deixar o diretor e a equipe terem liberdade; não é pra definir tudo. Um amigo meu que entende mais de roteiro disse que eu tenho que decupar mais um pouco.
E como se diz que eu quero que entre só a silhueta do cara, contra a luz, pelo lado vazio do quadro, com a cabeça cortada? Como se diz isso em linguagem de roteirista? Ai!
Estou me virando como posso. Depois eu ponho algum link pro resultado final na minha página. (Já visitou? O link está nessa coluna verde aí do lado).
Dúvida

Quando eu entrei em Comunicação, estava segura que queria fazer Comunicação. Mas não do que eu queria fazer dentro de Comunicação.
Comecei "quase certa" de que queria fazer. Publicidade. Eu sei, eu sei que vão dizer que eu ia me vender e que não tinha nada a ver comigo. Mas o que me fez desistir foi apenas a convivência com pessoas do meio publicitário, em especial o "professor" de Portfólio Publicitário que deu um sexto das "aulas" previstas (ainda bem, senão eu morreria de tédio).
A UFRJ é boa porque abre seus olhos. Eles brilham, ainda, mas não pra qualquer coisa. Em vez de tentar me esforçar para fazer algo em que eu ganhe dinheiro e conviva com egotrippers capitalistas, resolvi fazer o que sempre tive vontade: FICAR O TEMPO TODO NA FRENTE DO COMPUTADOR, DE PREFERÊNCIA COM O EDITOR DE TEXTOS LIGADO.
Com isso, passo a tentar desenvolver, além da carreira de escritora, as carreiras de tradutora, jornalista e roteirista. Não é simples? Não.
Explico no próximo post!

7.7.02

It's in my mind, oh no!

Tenho uma professora de Marketing (dentro da faculdade de Comunicação) chamada Fátima. Apelidada Chátima pela sua infame mania de nos tratar como alunos da quarta série primária; pelos oito capítulos que passou pra primeira prova; e pela prova em si, absolutamente patética.
Imagine a cena: dona Chátima, antes da prova, afastando quem estava perto pra não colar. Perguntando "quem é da letra A?" e pondo o Alexandre longe da Adriana! Quando chegou na letra M, fez questão de frisar: "M de mamãe"!
Sim, isso aconteceu! Na UFRJ!
Depois de colocar os alunos cadeira sim, cadeira não, Chátima distribuiu as provas. Uma das questões, valendo ponto, era um questionário de opinião sobre a matéria. Outra era mais complexa: um jogo-da-velha com uma pergunta correspondente a cada casa. Você escolhia entre duas opções de resposta, e dependendo, marcava bola ou cruz no tabuleiro.
Um saco! Sendo que as questões eram 100% decoreba. Nomes, datas, feitos.
Claro que estudei muito pra essa prova (e assim também fez quem teve juízo). Mas as mensagens subliminares do texto marqueteiro penetraram mais fundo do que eu poderia imaginar!
Tcham-tcham-tcham-tcham...!
Eu assisti o clipe novo do Prodigy onde eles cantam prum rebanho de vacas. O leite que elas dão ouvindo Prodigy deixa as pessoas chapadas. Aparecem mulheres seminuas (é um clipe do Prodigy) pra tirar o leite. Aí eu vi que elas tiravam o leite direto num frasquinho que parece de remédio e a chefa delas (uma gordona) ralhava com elas porque o leite caía fora!
Aí eu pensei:
"A cultura corporativa dessa organização desfavorece o empowerment dos subalternos. A produtividade é baixa, pois não existe controle do desperdício."
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!
Falha nossa

Posso esquecer minha carreira de crítica musical. O Príncipe William (ver post abaixo) é do Vulgue Tostoi; não do jimi James. Tudo bem que eles tocaram juntos e eu me confundi.
Mea culpa, mea culpa!
Os Anormais

Ontem fui ver as dez bandas que fazem parte da coletânea "Tributo ao inédito". Foi minha primeira LOUD e meu primeiro Cine Íris, sendo que estava pra ir há um tempão e não conseguia (é o "espírito do rato"... ah, leia o item 2 e você vai entender).
Pessoas mais loucas:
1- O baterista do Jimi James. Essa banda é uma das mais novas e o nome é mistura do "Jimi" Hendrix com "James" Brown. O som deles é muito legal e o vocalista tem uma voz entre o ex-cara dos Raimundos e o cara do Skank. Acho que é o baixista que parece o Príncipe William mais alto. Vocês ouvirão falar muito deles. Mas o baterista merece um capítulo à parte. É um cara magro e altão, com cabelo preto escorrido naquele corte "botaram uma cuia e cortaram em volta". Ele destrói as baterias, largando a baqueta nos pratos, jogando a cabeça também, o que dá um ótimo efeito. Assim como aconteceu na primeira vez que vi o Jimi James, no X-Tudo, alguém teve que segurar a bateria porque estava caindo! Depois de apenas duas músicas, ele atirou as baquetas na platéia e uma eu vi: toda fraturada, quase quebrada!
2- O vocalista do Zumbi do Mato. As letras dessa banda são uma viagem filosófica particular que ninguém deve se arriscar a entender (isso eu ouvi de um amigo do vocalista). Uma espécie de Rap Nonsense.
A música que eles cantaram dessa vez foi "Espírito do Rato". Letra: "Você que já dançou a dança da velha mijando/ escorregou na pilha do relógio do boteco/ pediu emprestado o rodo do gari no fim da feira/ pra jogar hóquei com um rato morto na sujeira?"
(Refrão) "Bate, bate, bate/com a pontinha do rodo/no cocoruto dele pra ver se está mesmo morto..."
E porque "Espírito do rato"? Oras: "Você tá sempre morto/ Não chega no trabalho?/ É o espírito do rato/ Segurando o teu sapato!"
A outra música deles no CD tem o título "Efeito Moral". Consegue zoar num pacote só as bombas do Osama, as bombas escolares, fanatismos ideológicos, e a mediocridade da vida burguesa...
Refrão: "Bomba!/ Chame a polícia/ revolução/ idéia fixa/ Bomba!/ chame a Genebra/ chame a PM/ olha o quebra-quebra!"
E no finalzinho: "O diabo é neoliberal/ capitalismo é o sistema do mal!/ Como já dizia o profeta Gentileza/ você já tá cansando minha beleza..."
3- Rogério Skylab.

6.7.02

Dielsxia...Dilesxia... Dislexia!

Ai, ai. Agora descobri que sou disléxica. É por isso que não sei distinguir direita e esquerda. Se estou na direção do carro e alguém grita BOTA A SETA PRA DIREITA, até eu descobrir onde é mesmo a direita já bateram na minha traseira. Porque eu tenho primeiro que pensar de que lado é o coração, e raciocinar que é pro OUTRO lado!
Fora quando não sei o dia da semana ou não consigo associar a cara da pessoa que está na minha frente a nenhum nome a não ser "narigão". Daí, tenho que perguntar pra alguém de quem eu lembre o nome, correndo o risco de parecer maluca (ou desmemoriada, que é a minha fama!).
Mas isso não é o mais engraçado. Não! O pior é quando estou digitando e troco letras. A palavra DISSO, por exemplo, vira DIOSS ou DIISO. E agorinha mesmo estava tentando escrever a dificílima palavra BLOG. Parecia que eu estava formando anagramas. Bolg, bogl, oblg, blgo...
História velha

É que esqueci de postar na hora, então ficou pra agora. No finalzinho de 2001, apareceu um post que não fui eu quem coloquei. Detalhe: esse blog não é coletivo! O título desse post apócrifo era "Hackers... Eles estão em todo lugar!", e terminava com uma saudação em russo!
Claro que isso me deixou encucada e fiquei quebrando a cabeça pra saber quem poderia ser. Eu não tenho inimigos na internet (no máximo pessoas ligeiramente obcecadas). Só muito tempo depois é que bateu uma idéia de quem poderia ser.
Cheguei pro meu e-amigo Felipe, vulgo Ethan -- que eu vivia chamando de hacker e ele frisava que era especialista em segurança de sistemas -- e perguntei como quem não quer nada que línguas ele falava. Ele respondeu: "português e inglês. tenho algumas noções de russo, alemão, espanhol, francês, italiano e árabe, mas é muito pouco".
BINGO!
EU: noções de russo? ahá! vc é a unica pessoa q eu conheço q poderia fazer isso! mas com a qtde de loucos q têm me contactado... (e transcrevi o post)
ELE: no final tem uma frase em russo
EU: exato. e drummond, vc curte?
ELE: sim. hahaha. e a frase significa feliz natal se não me engano.
EU: não foi vc, né?
ELE: deixa eu pensar... fui eu. hauhauah.
EU: foi vc??? estou me sentindo uma grande investigadora.
ELE: sim. foi uma idiotice. eu ia te contar. mas você levou tanto tempo pra ler que eu até esqueci. não tenho hábito de fazer essas brincadeiras. não sou um hacker. sou um especialista em segurança de sistemas que quis fazer uma brincadeira.
EU: bad, bad boy! eu sei! mas eu mereço... te chamei de hacker por um bom tempo!
ELE: hahah. eu nao seria capaz de invadir seu computador, nem de tentar isso. nem precisa se preocupar. usei o blog porque foi uma coisa externa e o blog é uma coisa meio família.
EU: ok! mas agora comporte'se! :-Þ