20.9.11
Minha primeira pichação
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A Prefeitura autorizou a construção de um prédio residencial num terreno arborizado e, há 20 anos, murado, junto a um paredão de rocha. Começou a rolar uma movimentação pseudo-ecológica, encabeçada por uma candidata a vereadora e donos de apartamentos de frente pro terreno que teriam a vista bloqueada, que pretendia impedir a construção. As manifestações incluíram pichar o muro com desenhos de árvore, frases em tinta verdinha ("Futura escola de jardinagem") e desenhos de criança, além de nomear o lugar de Bosque de Botafogo. Também foram postados cartazes oferecendo faixas e adereços de protesto para pendurar nas varandas por preços que iam de R$29,00 a R$54,00, se não me engano. Algumas pessoas compraram.
O movimento fracassou. O muro ficou sendo de ninguém, o prédio está quase pronto. Manifestei-me então também.
Um trecho para acompanhar a imagem:
"He looked at the granite. To be cut, he thought, and to be made into walls. He looked at a tree. To be split and made into rafters. He loooked at a streak of rust on the stone and thought of iron ore under the ground. To be melted and to emerge as girders against the sky." (Howard Roark em The Fountainhead, de Ayn Rand)
Gosto muito da Ayn Rand e concordo com muitas coisas que ela diz, embora ache que a iniciativa individual não resolva tudo e que as pessoas têm sim que aceitar coisas do governo desde que isso não se constitua numa relação de eterna dependência ou de troca de favores (e é sempre aí que a porca torce o rabo).
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