3.11.11

Drogas e efeitos

Uma xícara de café + corrida na esteira: surto de inspiração artística.

Duas xícaras de café + ida à biblioteca: taquicardia, paranoia.

Uma bacia de suspiros sozinha OU mar + caipivodka no meio da tarde: pressão baixa, leseira prazerosa.

Antiácido no meio da madrugada: desmaio, visões lisérgicas, suor intenso.

Fissurar o dedo em uma bola de basquete: conversa com seres de uma realidade paralela de fundo vivamente laranja.

Tirar mais de duas ampolas de sangue para exame sentada (em vez de deitada) OU retirada de soro intravenoso após 4 dias: desmaio, percepção alterada de passagem do tempo, sequência de sonhos com trama.

Verão carioca: tonteira, falta de ar, leseira não prazerosa.
Quando se é um corpo muito grande, a ideia de não ser alguma coisa (malvado, por exemplo) começa a perder o sentido. Simplesmente falta espaço de manobra suficiente para você não ser aquela coisa que já declarou não querer ser (malvado, no nosso exemplo). E você precisa se mexer, não é mesmo? Você quer coisas, não quer? Pelo simples ato de se mexer e ir atrás, você esbarra nos móveis e derruba todas as suas antigas intenções no chão.

O parágrafo acima é minha ideia de crítica ao desbaratamento do Google Reader em prol do Google+.