23.1.08

Pequena Sadako - coluna social

Ela está aprendendo a ler com as BUNDAS que meu padrasto deixou no revisteiro da casa de campo. Ela nunca leu revistinha da Mônica, mas logo hei de consertar isso. Ao ouvir um techno tocando, ela instintivamente levantou os bracinhos no alto e fechou os olhos - será que viu na novela?
Melissa, filha de 5 anos do caseiro novo, deixou todos os meus convidados apaixonados. Elogiaram o cabelo dela, a alegria dela e até seu estilo de se vestir.
O jornalismo jamais atrapalhou os meus estudos

Desde que me formei, tenho conhecido tantos ecoínos (= estudantes da Escola de COmunicação da UFRJ) legais. Ecoíno esperto não perde muito tempo na ECO, nem no sujinho bebericando chope e ouvindo samba com saia hippie/barba desconjuntada (irgh, bati o recorde de mau gosto agora). Por isso é que se desencontram durante o curso e se encontram lá fora, depois, por canais mais decentes.
Mexi no site. Tem algumas coisas novas lá. (Amandita, sei que não está perfeito, mas se quiser consertar, you're welcome to it :-)
Confiram, testem e me avisem se vêem bug, por favor?
http://geocities.com/maya_sibylla/

17.1.08

Lula é pop

Ei, e as fotos que o Lula e o Fidel bateram um do outro? Achei tão fotologger diva! Fora que o Lula fez o V com os dedos, como uma japonesinha colegial!

10.1.08

A questão é ser raso

Como eu dizia, aqui estamos num nível de organização da civilização bem abaixo do europeu, por exemplo. Ah, me xinga de elitista e tudo, vai, mas acabo de comprovar isso através de um exemplo prático. O metrô carioca tinha colado nas portas duplas dos vagões adesivos de "entrada" e "saída", ou seja: quem estivesse dentro sairia pela sua direita, e quem estivesse fora entraria pela sua direita, evitando o desagradável choque de corpos, bolsas e ânimos. Acontece que isso nunca funcionou. Na melhor das hipóteses, sempre tinha um apressadinho metido a esperto (ou dois) que se posicionava(m) na extremidade esquerda da porta, para entrar pela "brecha" dos que saíam pela direita... brecha essa que não existia, bem entendido. Na verdade, o mais comum era um maremoto de pessoas adentrando no vagão pelo centro mesmo, assim que a primeira fresta da porta existia. Assassinato da física: alguém explique a eles que fica mais fácil de entrar se você primeiro sair, deixando vago o espaço que seu corpo ocupava, porque eu já tentei sem sucesso.
Enfim, como o metrô é gerido por pessoas pensantes, descolaram os adesivos de "entrada" e "saída" e colocaram outro, mais realista, no lugar: "deixe as portas livres para embarque e desembarque". Sim, porque também tem pessoas que querem ficar encostadas - talvez por não possuírem coluna vertebral -, e recostam-se contra a) as suas costas, quando você está sentada no último banco da fileira b) um poste, impedindo que qualquer outro o utilize e c) as portas, porque detestam ir para o meio do carro e ter que passar pelo meio da multidão antes de sair, ai, muito trabalho. Em suma, gente esperta já que você vê que não estão tãão cansados assim. Quem está cansado mesmo, costuma voltar algumas estações, dar a volta e vir sentado no vagão oposto; não, se encostar de pé é pura folga. E eis a essência do Brasil. O RER da França, por exemplo, faz você querer distribuir amostras grátis de Rexona, mas cada indivíduo fede tão longe da porta quanto pode. Prefiro o metrô britânico, onde costumam abandonar jornais (e bombas, por despeito).

8.1.08

Aparelho & óculos teria tudo para ser uma tragédia. Mas, infamemente, até que estou me achando mais formosa de aparelho. E óculos.


la nerd fatale

Minha equipe de dentistas tem me obrigado a usar elásticos coloridos. O atual é lilás. Engraçado que não tenho nem cabeleireiro fixo, mas dentista... dou a maior importância. Nerd cuida das frivolidades com quem usa jaleco.
Esta semana fiz as unhas de vermelho - manicures usam jaleco -, em homenagem à avó dondoca, e tirei do armário minhas roupas de brechó que não parecem de brechó. Parecem de um "futuro gasto" (não tanto quanto o de Matrix, e não tão camp como Star Wars: estou pensando em Blade Runner) ou de 2046. Como o vestido branco-e-verde, doze reais. Ou o bolero de tecido negro, lustroso, elástico, cinco reais. Ou meus "lóbulos inchados", meias-bolotas bege-claras de baquelite, três reais. É uma das poucas coisas que combina com o Rio de Janeiro: visual de salsa, chá-chá-chá, cabelo alto, meias finas. Quem foi o imbecil que decretou que cabelos escorridos e soltos (e com peróxido) são bonitos nas cariocas? Peeeega no meu pega-rapaz!
Sei que tenho um gosto muito peculiar e um tanto falhado, não é para todo mundo. Bem, se fosse para todo mundo, eu ou seria uma patricinha, ou estaria lançando tendência, coisa que não estou. O caso é que me sinto bem ao sair na rua vestida assim e, nela, comecei a pensar: essas pessoas estão me olhando como se eu fosse gringa. Mas não era bem isso. Por fim percebi que as pessoas estavam me olhando como se eu tivesse vindo do futuro ou de outro planeta. Pensei um pouco e decidi que isso me agrada.

P.S.: Vi uma dondoca de verdade hoje na fila do consultório médico. Era assim da minha idade, estava de vestido de grife (atualmente, os que parecem de feira, com margaridas de pano), óculos escuros espelhados e se chamava Maria Aparecida. Por algum motivo, consigo diferenciar uma dondoca de uma patricinha num relance, e simpatizo bem mais com as primeiras. Será que é por estarem em extinção ou por me lembrarem minha avozinha?

5.1.08

Acho que só vamos ter uma indústria de celebridades nacional decente quando tivermos uma polícia decente, que as pare em blitz, mande andar na reta e passe todas no bafômetro.
As próprias celebridades, aliás, podiam instituir uma espécie de fundo para melhorar a polícia, que desse modo as pegaria dirigindo bêbadas, sob o efeito de substâncias ilícitas, corrompendo menores etc. e, com estes escândalos, alavancaria suas carreiras, além das de milhares de jornalistas de fofoca. Seria como uma versão factível do Programa Primeiro Emprego.