30.8.01

*Chinfrim

Saí com meus amigos depois de um tempão. O problema foi o lugar que a gente escolheu: a Bunker 94. Quarta-feira, supostamente, devia ser o dia do Marky Mark. Só que ele está de férias! Desavisados, desembolsamos R$13 (ui!) pra ver uns tios cheios de cerveja e umas piranhas baixo nível se contorcendo na pista... Fomos embora exatamente às 2:19. Só dá pra voltar lá quarta 19, que é quando o glorioso Marky volta a tocar...

*Pedestres, tremei!

Afinal, estou tomando minhas aulas teóricas de direção. E logo estarei fazendo as práticas! Por isso, se você tem amor à vida, conserve-se o mais longe possível. Procure, aliás, sequer passar por Botafogo: semana que vem, eu quero ver pista livre!

*(repostado do servidor defunto do Desembucha.com)

27.8.01

*Sangue...

Meu novo look vampiresco do blog agradou ou não? Não sei dizer, mas ficou divertido!

*(repostado do servidor defunto do Desembucha.com. O look vampiresco pode ser visto aqui)
*Greve

A Universidade Federal do Rio de Janeiro entrou em greve. Logo, estou de férias. Isso parece bom, porém, perto do Natal, eu não estarei de férias como todo mundo, e sim tendo "aulas de reposição"!

*Colunas

Eu sou colunista do jornal "A tarde", da Bahia. Minhas colunas estão arquivadas AQUI. Só não se atreva a lê-las na ordem! Escrevo melhor agora do que antes, porque demorei um pouco a pegar o jeito de colunista (meio diferente do de romancista). Vá na coluna 11, por exemplo, que é bem legal.

*(repostado do servidor defunto do Desembucha.com. As colunas do jornal A Tarde sumiram-se da internet.)

*Livro

Estou escrevendo um livro péssimo. Péssimo, no sentido de “pior que mau”. Um livro muito mau. Mau, no sentido de evil. Enfim... deu pra entender.

*Trilogias

1 - Musicais
Já reparou que os musicais estão voltando, aqui e ali, pelas mãos de diretores geniais? E que, cada vez que um deles sai, é saudado pela crítica equivocada como “a volta dos musicais em grande estilo”? Putz, se é assim, já tivemos uma trilogia da volta dos musicais: “Dançando no escuro” (Lars von Trier), “South Park” e, agora, “Moulin Rouge” (Baz Luhrmann). Se bem que “Moulin Rouge” mais parece uma ópera!
Respectivamente: Dramalhão. Comédia animada. E ópera romântica.
Respectivamente também e na minha opinião, as melhores músicas de cada um. “Cvalda”, “Uncle Fucka” e o “Zidler’s Rap” (que mistura “Lady Marmalade” com - acredite se quiser e leia por própria conta, porque é surpresa - “Smells like teen spirit”!!!).

2-Big Brothers
Tá. Além disso, temos a Trilogia Big Brother: “O Show de Truman”, “Pleasantville - A vida em preto e branco” e “Matrix”. Precisa dizer mais? Talvez, mas eu tô com preguiça. Pense bem nisso e verás que faz um certo sentido. Só digo, pra não dar uma de incompetente, que em cada um dos três, pessoas são arrancadas de sua normalidade por informações novas sobre o que seria a “realidade real”, sendo perseguidas por causa disso. Em contextos bem diferentes, é claro, mas o miolo do roteiro tá lá, é o mesmo, pode ver.

*(repostado do servidor defunto do Desembucha.com)

24.8.01

*Henfil na China

Juro que não sou de esquerda, juro que não sou de direita. Para mim as posições políticas pouco significam hoje, quando o PMDB aplica a Bolsa-Escola e Lula se abranda para chegar mais perto do pódio... Nada de errado! Para mim estão certíssimos ambos. E eu sou de centro.
Deixa eu chegar logo ao ponto. Eu li "Henfil na China" com uns 12 anos, idade com a qual eu sabia quem eram Roosevelt, Lincoln, Kennedy, Nixon e Reagan... e não tinha idéia de quem era Mao Tsé-Tung. Por isso foi um grande esclarecimento ler algo que vinha de fora da AFP e da Reuters. Um retrato fiel da China de 1977.
Reli "HNC" várias vezes. E hoje peguei nele de novo. Saborear a verve do Henfil... que falta que ele, e tantos outros, nos fazem. Também há o "Diário de um cucaracha", relato dos EUA, mas aí já não há tanta novidade.
Bom, lá vai o bizu; o trechinho que demonstra que Henfil criticou, não se fez de cego pro bem nem pro mal da China.
(continua...)

China entre o bem e o mal
(segundo Henfil)

O BEM: "Nada de cadeia. O assunto é discutido com a comunidade e deve ser uma parada torta. Imagine você pego roubando. Aí reúne todo mundo, sua família, seus vizinhos, todo mundo que vive bem próximo de você, e passa a discutir vários dias com você. Em todos os enfoques, inclusive o político. Só mesmo um masoquista vai roubar de novo e passar pelo vexame e pela discussão com a sua comunidade de novo. E precisa ser completamente maluco de roubar mais ainda só pra cair numa discussão com os camponeses chineses, com os donos da Revolução! Todo dia, depois do trabalho, reunião com o ladrão pra discutir, discutir, discutir o comportamento dele, e toma Mao e toma Marx e toma Lenin. Não há ladrão no mundo que resista a uma madureza destas.
O crime na China, realmente, não compensa."
O MAL: Nesse momento, ele tá contando um filme chinês (fictício) sobre a esquistossomose (real).
"O que mais me impressionou foi o momento em que Mao vai visitar a aldeia. Todos se animam, abrem suas janelas para ver a casa onde Mao vai ficar. Entra uma musica dizendo que "Mao é como o desabrochar das flores". (E a câmara mostra flores se abrindo.) Quando o chefe do posto volta de um encontro com Mao, todos querem apertar a mão que apertou a mão do Mao. O chefe do posto conta que Mao lhe disse que não conseguia dormir pensando na esquistossomose e aí o povo fica emocionadíssimo e alguns limpam as lágrimas reconhecidas. Se dessem uma câmera para os índios eles faziam algo melhor.
O filme se chama "As árvores raquíticas encontram a primavera"."

*(repostado do servidor defunto do Desembucha.com. São dois posts reunidos em um, pois o Desembucha tinha uma ridícula limitação de caracteres por postagem)

23.8.01

*Hoje eu tive um dia maravilhoso.

*(repostado do servidor defunto do Desembucha.com)
*PS: As palavras-cruzadas abaixo são completamente verídicas. Não duvide.

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22.8.01

*Psicótica nível médio

Detalhe crucial na roupa de uma patricinha, 5 letras: MARCA
Bem-(?) social - preocupação do político, 5 letras: ESTAR (HAHAAHAH)
Aquele que comanda o ritual de religião afro-brasileira, 12 letras: QUIMBANDEIRO
Cantor de "Me Leva", 6 letras: LATINO
Empresa de telefonia de código 23, 7 letras: INTELIG (tossepropagandatosse)
Encanto pessoal, 2 letras: IT

Pronto. Agora o pessoal do caminhãozinho branco pode me levar. Ei, que camisa é essa?

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*continuação da psicose...

Eu achei que estava livre. Porém, se fechava os olhos pra dormir, eu via um campo minado imaginário e um mouse irreal a clicar, a clicar incessantemente...
Os quadrados ainda não conseguiram acabar comigo, mas continuam tentando. Faz dois dias, eu encontrei uma antiga coletânea de cruzadas Coquetel feita pela metade. Era nível fácil. Acabei em dois dias.
Hoje passei na banca pra ver se o mangá da Sakura já tinha chegado... não tinha, e... não resisti... comprei uma coletânea nível médio! HAahahahah! Lá vou eu de novo! Haja oculista!

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*Psicose quadrática!!!

Um dia, sem nada pra fazer, abri o Campo Minado do Windows pra me distrair. Comecei com uma dose leve: iniciante. Depois terminei o tabuleiro intermediário... e algum tempo depois, o experiente. Estava viciadona, queria mais. Logo, personalizei um tabuleiro, tasquei uma dimensão qualquer (1000x1000 quadradinhos, digamos) e 180 minas. Me apareceu um campo imenso e desengonçado. Dificílimo. Não conseguia ganhar.
Assim se iniciou meu processo quadrático-psicótico. Danei a jogar minas nesse campão. Não consegui parar por dois meses inteiros. Viajei pro Chile por dez dias e mal podia me conter. Eu queria MINAS! Mal voltei, já me pluguei de novo no meu vício. E não conseguia ganhar na porcaria do tabuleiro!
Mas fui melhorando aos poucos, e quase um mês depois eu consegui a façanha. Eu GANHEI, sim, senhores, graças a exercícios de lógica matemática dos quais jamais me imaginei capaz...
A esta altura, minhas pálpebras inferiores, estarrecidas, perpetravam movimentos involuntários... Incrédulo, meu indicador recusava a desgrudar-se do mouse e parar de clicar...
Levantei-me de repente e disse a mim mesma: Simone, você tá pronta pra escrever outro livro!

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20.8.01

*Meu email, pra quem quiser, é simonecampos@godisdead.com

*(repostado do servidor defunto do Desembucha.com. Meu email atual é simonecampos@gmail.com)

*A pessoa

Às vezes eu sou meio esquecida. A "pessoa pra quem eu mostrei" meus escritos, meu habitual consultor e namorado se chama João Paulo de Souza Cruz e tem um blog chamado Ex-quase-futuro. O moço é despretensioso (pra mim isso é uma grande qualidade), escreve como jornalista (que é a carreira dele, aliás) mas com um toque pop.

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*Gêmeos, mórbida aparição

Prometi que colocaria de vez em quando um postzinho falando do meu livro novo. Pois lá vai, criei uma dupla: Os Gêmeos. Eles serão amiguinhos de Maria Luiza, a noturna. Criei duas cenas com eles, ficou jóia. Quem disse isso foi a pessoa para quem mostrei.
As cenas não são seguidas. Meu livro não é criado em ordem direta. Primeiro capítulo, segundo, terceiro, último, epílogo. Eu prefiro criar pedaços e depois juntá-los. Como juntá-los, com mais ou menos amarras, é que é o truque. Esse livro, ao contrário do primeiro, vai ter que ficar bem amarrado -- por causa do tema. (Mistério...)
OK, com vocês, um pedacinho dos Gêmeos:
"Maria Luiza o disse olhando pro chão, e chutando uma pedrinha completou seu dito, em voz de confidência: “são os Gêmeos”.
Dois idênticos sorrisos que encaravam a rua à sua frente. Eles andavam com as mãos nos bolsos. Ambas as calças eram larguíssimas e negro-reluzentes."
Pronto! Acabou!

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16.8.01

*Estantânea

Ahh! Comprei uma estante para pôr meus amados livros! Não qualquer estante, mas uma estante piramidal... Estilosa... Ela carrega meus livros com visível prazer. E foi uma pechincha! Duzentinhos. Era de uma mulher que ia se mudar pra França e tinha que se livrar dos móveis.

*Livro de hoje

Terminei de ler "O processo", do Kafka. Dizem que existe um filme, e que é bom. Mas eu adorei o livro, terminei rapidinho -- ao contrário do "Zaratustra" de Nietzsche (ô nome). "Zara" é um livro complicado e cheio de devaneios, mas algumas passagens são bem marcantes, chegaram a me fazer chorar. Enquanto o de Kafka... Gente, é o pesadelo dos meus sonhos. E não se trata de um livro sobre leis absurdas ou o processo obtuso da justiça... não apenas!
No livro, o processado K. procura de todos os meios sair de um processo do qual ele nem sabe o motivo! Mas o livro insinua que o motivo seria a própria vida dele. Ou seja, conforme K. vai se esforçando pra sair do processo, mais "delitos" ele vai cometendo em sua existência... acabando por ser condenado.
Fantástico, porque a vida parece ser, às vezes, um processo absurdo contra a nossa pessoa. Temos que provar que somos alguma coisa todo o tempo -- ainda mais em tempos como esses, tão privados de privacidade...

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14.8.01

*Caos!

Estão me dando raiva todas essas pessoas que se afirmam donas da verdade. Fundamentalistas da própria verdade. Ferrenhos defensores do próprio modo de vida, sem muita convicção eles mesmos... No fundo, pensam: "Se todos me imitarem, eu serei o certo".
É certo que o certo é um consenso, mas estes agem por insegurança e com pretensão para liderar tal consenso...
Estou falando dos hiperreligiosos e dos muderninhos. Da extrema direita e a extrema esquerda... e dos apocalípticos e integrados.
Ser coluna do meio em extremamente tudo também é muito extremo, e não é o ideal. O ideal, para mim, são "Os normais", que apesar do título não o são. São, isso sim, uma linha sinuosa que não fica no meio, nem na esquerda muito menos na direita -- mas passa por todos eles em algum momento.

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12.8.01

*Menos cabelo, mais baboseira

Êpa! Cortei o cabelo no ombro e estou parecendo a ovelha que trabalha no seriado do Garfield! SIIIM! Tive um pensamento complexo, resultante provável da imensa massa de cabelo que retirei de cima do cérebro!
Ei-lo: Como saber se vc é "o novo"? Basta verificar se, toda vez que você aponta algo de errado no mundo, o mundo todo (suas pessoas!) apontam de volta pra vc dizendo q vc está errado!

*Dressed Novelist

Já ouviram falar da inglesa que escreve nua, ao vivo pela internet? E escreve um romance chamado "My middle Class girl"? Bom... A parte legal é o acompanhar o parto do livro. Porém dá pra desconfiar da qualidade da obrinha, para ela ter necessidade de atrair leitores-voyeurs...
Tá bom, se ela é naked eu sou... "dressed novelist". Começo um relato -- não tão minucioso quanto o dela -- sobre o segundo livro que vou escrever.
Eu sou uma criminosa tentando cometer um crime. Eu vou dando umas pistas e vocês tentam adivinhar sobre o quê é o meu crime, digo, livro.
Começa que eu já tenho uma sombria idéia. Estou lendo Nietszche e Kafka. Francisco é casado com Amanda. Maria Luiza anda de noite, apenas de noite.
Depois se continua.

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3.8.01

*Snoopies

Sabe quando você está com um amigo e não têm papo nenhum e começam a viajar na maionese? Pois é, um dia desses isso aconteceu comigo e com uma Stella amiga minha. O tópico foi: “o que os personagens de Snoopy fariam se fossem adultos e vivessem nos anos noventa”.
Agora eu resolvi desenvolver a idéia, que apesar de inútil é bem divertida. Acompanhem.

1 - Charlie Brown – desenhista de histórias em quadrinhos, oras.
2 - Sally – autora de livros de auto-ajuda, todos best-sellers.
3 - Lucy – advogada.
4 - Linus - programador, criaria um sistema operacional gratuito e aberto.
5 - Schroeder – formaria uma banda estilo Radiohead/Coldplay.
6 - Woodstock – garoto-propaganda da Zorba.
7 - Snoopy – contestador de Derrida.
8 - Marcie – ativista antiglobalização.
9 - Peppermint Patty (Patrícia) – clubber.

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*Espertinho

E o José Mayer, gente? Já faz duas novelas e um filme (Bufo e Spallanzani) que ele está pegando apenas ninfetas. Jovens magrinhas e rebeldes que seduzem o “homem maduro” e andam de calcinha pela casa. Esperem, ouviram esse barulho? Nabokov se revira no túmulo!

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2.8.01

*Branca de neve

Eu esquiei na neve, tchof tchof, com aqueles bastões. Na verdade eles até atrapalham, dá pra esquiar sem eles, ao contrário do que parece. Só ir jogando o corpo. É uma delícia. E quando você cai, você não se machuca. Afinal, neve não é cimento. Neve é macia. Se bem que tem as pessoas, que não são nada macias.
No primeiro dia só aprendi a esquiar com a instrutora. Dormi num frio cão, imaginando porque diabos não trouxera o meu walkman pra escutar techno enquanto esquiava. No dia seguinte, enquanto eu subia minha primeira ladeirinha, ouvi os primeiros acordes de “On”, do Aphex Twin. Desci a pista toda feliz e em alta velocidade – também, não sabia frear - ouvindo aquela música maravilhosa. Performei meu estabaco espetacular no final da pista sorrindo com todos os dentes que me restaram.
Teve uma vez em que quase deixei um garoto falando fino, tadinho. Eu achei que fosse conseguir frear e tomei velocidade. Em seguida me esborrachei na ladeira, pela qual deslizei desgraciosamente, arrastando um bonde de neve, meu esqui direcionando a ponta exatamente para certa área sensível da pobre quase vítima.
Bom, mas as músicas continuaram ao longo do dia. Tocou Daft Punk, Moby, Modjo. Me diverti. Aprendi a frear também. Minhas curvas foram aperfeiçoadas ao som de “Lovefool”, dos Cardigans.
E agora vendo as fotos... é que tenho noção da terrível indumentária que tive que vestir. Era um macacão verde-água e azulão. Os esquis alugados e a bota também, eram vermelhos! E eu tinha um cachecol vermelhíssimo pendendo do pescoço... E óculos escuros de camelô pra se proteger do sol... Em suma, eu parecia uma x-men, só que dos quadrinhos, não com aqueles uniformes chiques do filme.

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1.8.01

*Caso alguém queira ir ver

Minha HP fica em http://www.geocities.com/maya_sibylla/
Por isso esse blog é o blog_sibylla. Agora, porque o meu apelido é maya_sibilla... Bom, veio de um livro. Mas a história é complexa, um dia eu conto.

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*Andando às cegas no escuro

Cansada de me dizerem sempre “o quê”, um dia eu comecei a ler o que me deu na telha. Arranquei livros difíceis da estante e comecei a debulhá-los. Tirados da estante da biblioteca da escola, dos livros herdados do avô, sebos e parentes, me inundaram de informação non-pop.
Que a informação pop nos vem como distração e é inútil; a informação dos bons livros, perigosa transformadora, é protegida do “manuseio indevido” porque, além de inútil, não quer entreter em especial. Ao contrário, às vezes fornece infernos. Infernos são difíceis.
Enquanto é fácil o pé número 42 do astronauta ter pisado na Lua em 1969, é difícil que Bentinho tenha tentado envenenar o (próprio?) filho. Difícil de digerir, mais do que alimentos gordurosos após as seis da tarde.

*Momento eu lembro

*1-Fauna animal

Eu lembro de um preá que pulou na piscina num dia de inverno. Ou melhor, ele tomou uma distância fenomenal, desde a magnólia que fica atrás da piscina, deu uma corridinha e pulou de cabeça. Melhor do que eu.
Depois ele ficou procurando uma saída. Ficou contornando a piscina, num nado peito melhor do que o meu. Várias voltas depois, fiquei com dozinho e cacei o preá com a rede de apanhar folha. Larguei o bicho na grama. Ele me agradeceu e sumiu no meio dos antúrios. Na verdade, acho que ele não me agradeceu, mas eu teria gostado desse realismo fantástico. Preá ingrato.

Aranha na beira da piscina, eu cheguei perto ela não se mexeu. Eu cheguei pertinho ela não se mexeu. Irritada com tanta imobilidade, peguei um galho e cutuquei-a. Das costas dela começaram a sair aranhinhas pra todos os lados. Era uma mãe sendo abandonada pelos filhos no primeiro revés da vida. Aranhinhas ingratas.

*2-Moço

Percebi que estava a fim dele quando ele pediu minhas medidas e eu fui até a máquina de costura da minha vó, peguei a fita métrica, verifiquei bunda, peito, coxa, cintura, quadril, e mandei via icq. E eu não sou cachorra.
É só o que eu lembro por hoje.

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