rebimboca da parafuseta
Então chegou uma vaga perfeita, na editora que eu queria e da qual estava lendo um livro (e pensando em mandar o meu pra ser publicado), com um salário horrível e uma vaga nem tanto. Para alunos de Produção Editorial, frisava.
Lá embaixo: do sexo masculino.
Não vou nem entrar no mérito de "já estarmos em 2005", primeiro porque muito desconfio da idéia de progresso, segundo que o fato do tempo passar não é mérito nenhum, ele simplesmente passa, e isso não tem qualquer correlação com a evolução ou involução do que quer que seja.
Mas eu queria sinceramente saber no que o fato do indivíduo ter um pau vai ajudá-lo a ser um melhor designer gráfico.
Da mesma forma, não me candidataria a uma vaga somente para mulheres. Aí a pulga atrás da orelha seria: no quê o fato de eu não ter um pau (e um par de peitos AA, quase não conta) vai ajudar na incumbência, seja ela qual for?
Agora me pergunta se ainda tenho vontade de mandar meu livro para esta editora de mente tão aberta. Não seria desperdício de tempo, banda e papel? Eu acho.
(Talvez tenha a ver com o motivo pelo qual eu meto medo nos caras de quiosques de informática quando entramos nas discussões sobre preços de componentes, teorias sobre o equilíbrio preço/qualidade, refrigeração, reconhecimento de drives em placas antigas, nostalgias pré-Pentium, e eu tô lá pau a pau - no pun intended.)