5.3.09

Sai ano, entra ano, e ela não desiste: insiste. Para que eu namore um cara trabalhador, casa própria, MBA, carro novo, "simpático com todo mundo no trabalho", ou seja, um completo babaca.
Do meu, ela reclama: "Ele não ri das minhas piadas!" - "Ora, conte piadas melhores..." devolvo.
Eu finalmente sentei com ela e expliquei que não acredito na ética do trabalho, em segurar um emprego, em nada disso. Carros, casas e filhos são legais, mas não estou à venda por causa deles. Expliquei também o meu FETICHE por caras rabugentos, misantropos e frequentemente escrotos (auxílios visuais: Luke de Gilmore Girls, House), que jamais sentariam numa sala de estar com a família-da-namorada sem protestar e negociar o quanto pudessem. Expliquei também que ela devia se conformar, porque eu simplesmente não suportava gente "do bem", não-reclamona, que acha que tudo tanto faz como tanto fez e nunca aponta para ninguém explicando em detalhe porque aquele cara é um babaca. Devia ter feito isso antes. Não funcionou, mas fez bem.