Frases ouvidas na rua
Porque presto atenção no que as pessoas dizem?
"Quer dizer, ele matou uma pessoa! E, na verdade..."
"Não... ele é comprometido, vai casar. A namorada dele quer casar. A namorada dele é de São Paulo.... (Ha ha.) Pois é! Quá, quá, quá, quá, quá. O coitado vai ter que morar em São Paulo!".
27.3.03
Mamãe
Hoje fui comer com ela num restaurante do Centro chamado La Table. Nem vou falar dos preços. Vou falar das mesas.
Criado por uma publicitária, o grande tcham do La Table são as mesas de madeira com tampo de vidro. Entre os dois, os mais variados e coloridos objetos: cartas de baralho, pregadores, clips, dominós, cartões-postais e até dinheiro (cédulas e notas). A maior mesa, para grupos grandes, tem umas luzinhas embaixo. Vi uma única mesa que não tinha nada.
Almocei com ela sobre a mesa de cartões de visita. Cartões de escritórios de arquitetura, escritórios de publicidade, lojas de móveis, outros restaurantes, antiguidades, colecionadores. Atrás de nós, a mesa mais impopular do restaurante: a de sapatinhos de crochê para bebês. Mais impopular até do que a de convites fotográficos para chás de bebê.
Hoje fui comer com ela num restaurante do Centro chamado La Table. Nem vou falar dos preços. Vou falar das mesas.
Criado por uma publicitária, o grande tcham do La Table são as mesas de madeira com tampo de vidro. Entre os dois, os mais variados e coloridos objetos: cartas de baralho, pregadores, clips, dominós, cartões-postais e até dinheiro (cédulas e notas). A maior mesa, para grupos grandes, tem umas luzinhas embaixo. Vi uma única mesa que não tinha nada.
Almocei com ela sobre a mesa de cartões de visita. Cartões de escritórios de arquitetura, escritórios de publicidade, lojas de móveis, outros restaurantes, antiguidades, colecionadores. Atrás de nós, a mesa mais impopular do restaurante: a de sapatinhos de crochê para bebês. Mais impopular até do que a de convites fotográficos para chás de bebê.
Papai
Meu pai é engenheiro até os ossos. Ele me trata como o seu Cimento Portland mais querido (e, pasmem, isso é uma coisa boa). Quando eu tinha uns 14 anos, ele me alertou para tomar cuidado com as intenções dos rapazes:
- Você tem uma beleza acima da média.
Ele não gostou quando eu fiquei ruiva. Depois que voltei ao normal, infelizmente, a tinta começou a desbotar. E o vermelho começou a aparecer.
- Simone, você pintou o cabelo de novo?
- Não, porque?
- Está aparecendo... Deve estar na hora de dar outra demão de tinta!
- Outra demão??
Meu pai é engenheiro até os ossos. Ele me trata como o seu Cimento Portland mais querido (e, pasmem, isso é uma coisa boa). Quando eu tinha uns 14 anos, ele me alertou para tomar cuidado com as intenções dos rapazes:
- Você tem uma beleza acima da média.
Ele não gostou quando eu fiquei ruiva. Depois que voltei ao normal, infelizmente, a tinta começou a desbotar. E o vermelho começou a aparecer.
- Simone, você pintou o cabelo de novo?
- Não, porque?
- Está aparecendo... Deve estar na hora de dar outra demão de tinta!
- Outra demão??
22.3.03
Não pense. Pule.
Sabem aquele gênero de mate em xadrez que em inglês é chamado de stalemate? (e em português tem uma tradução ambígua e compridona como "mate por afogamento de posições")
Um exemplo disso é quando sobram dois reis e uma dama no tabuleiro. Só. O rei oposto sempre poderá fugir da dama, por mais que ela percorra, resignada, trilhas horizontais e verticais tentando alcançá-lo; ele sempre se moverá de casa em casa, enervante e invencível, até que (acho que até existe um jeito de o rei perder, indo pro canto do tabuleiro, mas não é preciso ser nenhum Kasparov para evitá-lo) depois de certo número de jogadas, é considerado um stalemate pelos jogadores. Chega uma hora que as coisas ficam assim na vida também.
Felizmente, a vida não é um jogo. Nós criamos nossas próprias regras. As regras que criamos, a princípio baseadas em situações familiares, nos ajudam a organizar o mundo, mas não são universalmente aplicáveis. Eu demorei tanto para entender isso. Foi apenas há alguns meses que eu realmente entendi isso.
O tempo não pára. Novas situações surgem, e as regras ficam velhas. Não que precisem ser descartadas, mas racionalismo, neste caso, tem que conter um pouco de irracionalismo, ou ficará... incoerente. É como tentar vestir aos 20 uma calça que você usava quando tinha 12 anos. Ou nem isso: ponhamos 17 aí, que vestibular engorda. Talvez a questão não seja emagrecer, mas comprar uma calça nova.
Meu professor de TREP II (juro que colocaram este nome na matéria) diz que jornalista que lê todos os jornais fica burro.
Eu "nunca pego folheto na rua", mas às vezes pego. E se me perguntarem porque resolvi pegar, será um motivo fútil. (Como: "eu estava distraída". Ou seja, eu fiz sem pensar. Só isso já prova que eu fiz a regra; ela não "faz parte do meu ser", tá, filósofos caducos?) Eu saberia que foi um motivo fútil, e um hiper-racionalista me diria: "mas você não era contra a futilidade?". E sou.
Se você não entendeu, talvez precise crescer antes de começar a mexer suas peças de novo. Ou de um pouco de álcool. (Eu não bebo nunca. E odeio beberrões.)
Sabem aquele gênero de mate em xadrez que em inglês é chamado de stalemate? (e em português tem uma tradução ambígua e compridona como "mate por afogamento de posições")
Um exemplo disso é quando sobram dois reis e uma dama no tabuleiro. Só. O rei oposto sempre poderá fugir da dama, por mais que ela percorra, resignada, trilhas horizontais e verticais tentando alcançá-lo; ele sempre se moverá de casa em casa, enervante e invencível, até que (acho que até existe um jeito de o rei perder, indo pro canto do tabuleiro, mas não é preciso ser nenhum Kasparov para evitá-lo) depois de certo número de jogadas, é considerado um stalemate pelos jogadores. Chega uma hora que as coisas ficam assim na vida também.
Felizmente, a vida não é um jogo. Nós criamos nossas próprias regras. As regras que criamos, a princípio baseadas em situações familiares, nos ajudam a organizar o mundo, mas não são universalmente aplicáveis. Eu demorei tanto para entender isso. Foi apenas há alguns meses que eu realmente entendi isso.
O tempo não pára. Novas situações surgem, e as regras ficam velhas. Não que precisem ser descartadas, mas racionalismo, neste caso, tem que conter um pouco de irracionalismo, ou ficará... incoerente. É como tentar vestir aos 20 uma calça que você usava quando tinha 12 anos. Ou nem isso: ponhamos 17 aí, que vestibular engorda. Talvez a questão não seja emagrecer, mas comprar uma calça nova.
Meu professor de TREP II (juro que colocaram este nome na matéria) diz que jornalista que lê todos os jornais fica burro.
Eu "nunca pego folheto na rua", mas às vezes pego. E se me perguntarem porque resolvi pegar, será um motivo fútil. (Como: "eu estava distraída". Ou seja, eu fiz sem pensar. Só isso já prova que eu fiz a regra; ela não "faz parte do meu ser", tá, filósofos caducos?) Eu saberia que foi um motivo fútil, e um hiper-racionalista me diria: "mas você não era contra a futilidade?". E sou.
Se você não entendeu, talvez precise crescer antes de começar a mexer suas peças de novo. Ou de um pouco de álcool. (Eu não bebo nunca. E odeio beberrões.)
El miedo
El miedo es una bola de nieve, e
El miedo vai sugar su sangre, e
El miedo
Vai vivir en su alma
El miedo te pegó en la calle, e
El miedo vai comer tu cabeza
El miedo
Te dejando más viejo
Tenes que exorcisar
Tenes que exorcisar
Tenes que exorcisar
Tenes que exorcisar, ra ra ra
Xô, xô, xô!
(eu acho que em espanhol fica melhor)
El miedo es una bola de nieve, e
El miedo vai sugar su sangre, e
El miedo
Vai vivir en su alma
El miedo te pegó en la calle, e
El miedo vai comer tu cabeza
El miedo
Te dejando más viejo
Tenes que exorcisar
Tenes que exorcisar
Tenes que exorcisar
Tenes que exorcisar, ra ra ra
Xô, xô, xô!
(eu acho que em espanhol fica melhor)
Você nunca pára de se surpreender com as pessoas
Hoje, não sei porque, olhei pra cima. Em cima do meu computador tem uma estante. Na penúltima prateleira, vi um olhão conhecido com a legenda: South Park. Era um caderno de South Park, sim senhor. Com o Cartman na capa. De capa dura e com anotações naqueles garranchos que meu pai chama de letra.
É meio deprimente isso: meu pai tem um caderno de South Park e eu não. Sendo que ele nem sabe direito o que é. O meu caderno desse semestre custou 4,90. Eu usei a impressora profissional do meu pai e imprimi figuras do tamanho da capa do caderno e colei com contact. De um lado, está a Lain Iwakura. E de outro, Daria Morgendorffer e Jane Lane. Só por isso eu ainda sou mais legal que ele.
Hoje, não sei porque, olhei pra cima. Em cima do meu computador tem uma estante. Na penúltima prateleira, vi um olhão conhecido com a legenda: South Park. Era um caderno de South Park, sim senhor. Com o Cartman na capa. De capa dura e com anotações naqueles garranchos que meu pai chama de letra.
É meio deprimente isso: meu pai tem um caderno de South Park e eu não. Sendo que ele nem sabe direito o que é. O meu caderno desse semestre custou 4,90. Eu usei a impressora profissional do meu pai e imprimi figuras do tamanho da capa do caderno e colei com contact. De um lado, está a Lain Iwakura. E de outro, Daria Morgendorffer e Jane Lane. Só por isso eu ainda sou mais legal que ele.
Ms. Delia
Seguindo com meu plano de dominação do mundo, agora estou atacando de legendadeira (eu sei, eu sei. Mas você também não sabe o nome da profissão, aposto). Peguei episódios de "Daria" e estou legendando. Um certo filme que meu namorado viu e adorou é o próximo, com o agravante que pretendo fazer um SVCD dele (ou seja, um CD que funciona como DVD). Quem manda não distribuírem as coisas legais no Brasil, e se distribuírem, venderem caro? Eu vou virar uma piratona, ah, se vou.
Seguindo com meu plano de dominação do mundo, agora estou atacando de legendadeira (eu sei, eu sei. Mas você também não sabe o nome da profissão, aposto). Peguei episódios de "Daria" e estou legendando. Um certo filme que meu namorado viu e adorou é o próximo, com o agravante que pretendo fazer um SVCD dele (ou seja, um CD que funciona como DVD). Quem manda não distribuírem as coisas legais no Brasil, e se distribuírem, venderem caro? Eu vou virar uma piratona, ah, se vou.
19.3.03
Chocolate polonês
Dizem que fez sucesso um tempo atrás, e que naquela época tinha que ser dividido entre quatro pessoas. Hoje, existe uma versão para duas pessoas (o meio suflê). Estou falando do macio e quentinho suflê de chocolate da "Polonesa", um restaurante (polonês, duh. Com a foto do Papa xará do meu namorado na parede) que tem lá na Hilário de Gouveia. Eu comi aquilo... e como é bom. Humm!
Dizem que fez sucesso um tempo atrás, e que naquela época tinha que ser dividido entre quatro pessoas. Hoje, existe uma versão para duas pessoas (o meio suflê). Estou falando do macio e quentinho suflê de chocolate da "Polonesa", um restaurante (polonês, duh. Com a foto do Papa xará do meu namorado na parede) que tem lá na Hilário de Gouveia. Eu comi aquilo... e como é bom. Humm!
Top músicas para subir a serra
Hunting high and low - A-Ha
Regret - New Order
It's no good - Depeche mode
Captain of her heart - Double
Bigmouth strikes again - Smiths
True - Spandau Ballet
Africa - Toto
Breakaway (remix) - Donna Summer
Human Nature - a de Michael Jackson
Take my breath away - Berlin
Give me a reason - Tracy Chapman
More than anything in this world - Lenny Kravitz
Wicked game - Chris Isaak
Lay, lady, lay - Bob Dylan
Girl, you'll be a woman soon - Urge Overkill
So far away/Brothers in arms/Why worry/Walk of life/Sultans of Swing - Dire Straits
I'll be watching you - Bruce Springsteen (ou Police? Sei lá.)
Qualquer coisa dos Men at Work.
Aquela que todos conhecem do Kenny G, o tema de Blade Runner, "Baker Street" do Gerry Rafferty e todas as músicas de motel que os anos 80 puderam produzir.
Algumas dessas músicas só servem pra subir a serra e mais nada, como a do Toto.
Um dia postarei a lista de músicas anteriores a 1980 pra subir a serra, como "Amy's theme", do Lovin' Spoonful (aliás, qualquer coisa do Lovin' Spoonful); "Sexual Healing" na versão do Marvin Gaye (aliás, qualquer uma do Marvin Gaye); "It's raining again", do Supertramp (aliás, qualquer uma dos Supertramp); "Lay down Sally", Eric Clapton (mas nem tudo do Eric Clapton); e "Turn!", The Byrds (aliás, qualquer Beatles original ou genérico).
Hunting high and low - A-Ha
Regret - New Order
It's no good - Depeche mode
Captain of her heart - Double
Bigmouth strikes again - Smiths
True - Spandau Ballet
Africa - Toto
Breakaway (remix) - Donna Summer
Human Nature - a de Michael Jackson
Take my breath away - Berlin
Give me a reason - Tracy Chapman
More than anything in this world - Lenny Kravitz
Wicked game - Chris Isaak
Lay, lady, lay - Bob Dylan
Girl, you'll be a woman soon - Urge Overkill
So far away/Brothers in arms/Why worry/Walk of life/Sultans of Swing - Dire Straits
I'll be watching you - Bruce Springsteen (ou Police? Sei lá.)
Qualquer coisa dos Men at Work.
Aquela que todos conhecem do Kenny G, o tema de Blade Runner, "Baker Street" do Gerry Rafferty e todas as músicas de motel que os anos 80 puderam produzir.
Algumas dessas músicas só servem pra subir a serra e mais nada, como a do Toto.
Um dia postarei a lista de músicas anteriores a 1980 pra subir a serra, como "Amy's theme", do Lovin' Spoonful (aliás, qualquer coisa do Lovin' Spoonful); "Sexual Healing" na versão do Marvin Gaye (aliás, qualquer uma do Marvin Gaye); "It's raining again", do Supertramp (aliás, qualquer uma dos Supertramp); "Lay down Sally", Eric Clapton (mas nem tudo do Eric Clapton); e "Turn!", The Byrds (aliás, qualquer Beatles original ou genérico).
18.3.03
Lady writer on the tv
Descobri essa música do Dire Straits (que eu adoro por razões pessoais e ninguém tem nada com isso) chamada... Lady Writer. O cara vê uma escritora falando na tv que lembra uma ex lá dele, e faz questão de dizer que a única diferença entre as duas era que a ex dele "nunca lera um livro" (putz). Tudo bem, não fui eu, mas hoje mais uma pessoa da faculdade me disse que sabia que eu era escritora por causa da entrevista no Jô, e tô começando a achar que todos sabem. Tô ficando paranóica e olhando pros lados. Droga de canal com audiência.
Descobri essa música do Dire Straits (que eu adoro por razões pessoais e ninguém tem nada com isso) chamada... Lady Writer. O cara vê uma escritora falando na tv que lembra uma ex lá dele, e faz questão de dizer que a única diferença entre as duas era que a ex dele "nunca lera um livro" (putz). Tudo bem, não fui eu, mas hoje mais uma pessoa da faculdade me disse que sabia que eu era escritora por causa da entrevista no Jô, e tô começando a achar que todos sabem. Tô ficando paranóica e olhando pros lados. Droga de canal com audiência.
17.3.03
Ah!
E a tatuagem da Maria Ponto de Interrogação é... uma tribal. Hum, não gostei. Maria Luiza jamais faria uma tribal.
No entanto, estou suspeitando que seja uma tatuagem diferente daquela que vi naquele dia. Se for, tenho que esperar ela mostrar a outra tatuagem de novo pra talvez colocar no livro. Então, Maria Luiza teria uma flor? um dragão? um pássaro? nas costas.
E a tatuagem da Maria Ponto de Interrogação é... uma tribal. Hum, não gostei. Maria Luiza jamais faria uma tribal.
No entanto, estou suspeitando que seja uma tatuagem diferente daquela que vi naquele dia. Se for, tenho que esperar ela mostrar a outra tatuagem de novo pra talvez colocar no livro. Então, Maria Luiza teria uma flor? um dragão? um pássaro? nas costas.
Crepes
Eu estava com saudades da França e não sabia. Esqueci de contar por aqui, mas comecei a fazer crepes. Sim, aquele negócio que se compra por seis reais numa Chez Michou da vida, eu fiz por apenas alguns centavos o crepe. Eu faço a receita básica de crepe (que vocês podem encontrar aqui e é muito fácil), ponho a meleca numa frigideira fuleira untada de manteiga, e depois de virar a panqueca-símile eu coloco o recheio no meio e fecho os quatro lados do "envelope" com a escumadeira. Aí, o recheio (sempre queijo ou chocolate) derrete só com o bafo. Não sei a de vocês, mas a minha fica igual à dos lugares caros, só que menorzinha (uma fofura). Deve ser porque faço com amor (duhhhh...).
Credo, credo. Cadê meu livro da Simone de Beauvoir, rápido!
(PS: Tô de sacanagem, tá? Na verdade, tem uma feminista brasileira que diz que saber cozinhar é fundamental para a independência da mulher. Eu concordo e complemento que, se a mulher se acha "super moderna" mas tem uma empregada, ou seja, uma mulher mais pobre, fazendo todo o serviço pra ela, quedê então?).
Eu estava com saudades da França e não sabia. Esqueci de contar por aqui, mas comecei a fazer crepes. Sim, aquele negócio que se compra por seis reais numa Chez Michou da vida, eu fiz por apenas alguns centavos o crepe. Eu faço a receita básica de crepe (que vocês podem encontrar aqui e é muito fácil), ponho a meleca numa frigideira fuleira untada de manteiga, e depois de virar a panqueca-símile eu coloco o recheio no meio e fecho os quatro lados do "envelope" com a escumadeira. Aí, o recheio (sempre queijo ou chocolate) derrete só com o bafo. Não sei a de vocês, mas a minha fica igual à dos lugares caros, só que menorzinha (uma fofura). Deve ser porque faço com amor (duhhhh...).
Credo, credo. Cadê meu livro da Simone de Beauvoir, rápido!
(PS: Tô de sacanagem, tá? Na verdade, tem uma feminista brasileira que diz que saber cozinhar é fundamental para a independência da mulher. Eu concordo e complemento que, se a mulher se acha "super moderna" mas tem uma empregada, ou seja, uma mulher mais pobre, fazendo todo o serviço pra ela, quedê então?).
Do mal
O lance é que levei 14 pessoas para lá, mas uma delas não foi convidada por mim, e sim pela minha avó. Ficou chato. O cara era desconhecido, bebia muito, dormiu na cama alheia, secou a mulher alheia, jogou futebol com a bola de vôlei, queria dar beijinhos no canto da boca das meninas, nas despedidas... esqueci alguma coisa?
Este foi o abusado do mal. Esse foi expulso da casa, pra utilizar a terminologia reinante. Creio que os outros abusos foram, no mínimo, engraçados...
O lance é que levei 14 pessoas para lá, mas uma delas não foi convidada por mim, e sim pela minha avó. Ficou chato. O cara era desconhecido, bebia muito, dormiu na cama alheia, secou a mulher alheia, jogou futebol com a bola de vôlei, queria dar beijinhos no canto da boca das meninas, nas despedidas... esqueci alguma coisa?
Este foi o abusado do mal. Esse foi expulso da casa, pra utilizar a terminologia reinante. Creio que os outros abusos foram, no mínimo, engraçados...
12.3.03
E os sinônimos os sinônimos os sinônimos
Eu fui na minha muito odiada ex-cola.
Porque a Biblioteca Pública de Botafogo está em reforma por tempo indeterminado e cercada de mendigos.
Porque eu não tenho dicionário de sinônimos e um novo está custando 49 reais na Livraria Saraiva.
E a biblioteca do meu nefando ex-colégio é a melhor que há. Nefando, nefasto, tenebroso, ignominioso, terrível, horrível.
Eu copiei de um livro empoeirado muitas palavras pro meu livro novo (é como comprar placas pro seu computador; acessórios que logo podem se tornar obsoletos mas que proporcionam um momento de alegria fútil.).
Não se impressionem. Também fiz isso no primeiro. Quando fiz a coleta de sinônimos, foi uns seis meses antes de publicar "No Shopping". Espero que esse não demore tanto (a gente sempre espera, estou esperando...).
Eu fui na minha muito odiada ex-cola.
Porque a Biblioteca Pública de Botafogo está em reforma por tempo indeterminado e cercada de mendigos.
Porque eu não tenho dicionário de sinônimos e um novo está custando 49 reais na Livraria Saraiva.
E a biblioteca do meu nefando ex-colégio é a melhor que há. Nefando, nefasto, tenebroso, ignominioso, terrível, horrível.
Eu copiei de um livro empoeirado muitas palavras pro meu livro novo (é como comprar placas pro seu computador; acessórios que logo podem se tornar obsoletos mas que proporcionam um momento de alegria fútil.).
Não se impressionem. Também fiz isso no primeiro. Quando fiz a coleta de sinônimos, foi uns seis meses antes de publicar "No Shopping". Espero que esse não demore tanto (a gente sempre espera, estou esperando...).
Personagem
Ela era branca, como se jamais houvesse visto o sol. Tinha uma tatuagem (era de dragão? era uma flor? era um pássaro? preciso descobrir) no ombro, nas costas, sei lá o nome da região. Eu identifiquei seu nome imediatamente: só podia ser Maria Luiza. Entrou com um Francisco. O professor sorriu pra ela.
Mais tarde, quando chegou a hora de falar de nada, o professor fez menção àquela "encantadora jovem", chamada Maria... (era Maria alguma-coisa-que-não-vou-falar. Mas poderia ser Maria Luiza) e era filha de... (um-cara-que-não-vou-falar-o-nome-mas-escreve-no-Globo).
Shit, a censura passou por aqui. E eu sou psicótica. A criação de um livro me deixa maluca. Basta olhar pro post aí de baixo. Cadê minha psicóloga...
Ela era branca, como se jamais houvesse visto o sol. Tinha uma tatuagem (era de dragão? era uma flor? era um pássaro? preciso descobrir) no ombro, nas costas, sei lá o nome da região. Eu identifiquei seu nome imediatamente: só podia ser Maria Luiza. Entrou com um Francisco. O professor sorriu pra ela.
Mais tarde, quando chegou a hora de falar de nada, o professor fez menção àquela "encantadora jovem", chamada Maria... (era Maria alguma-coisa-que-não-vou-falar. Mas poderia ser Maria Luiza) e era filha de... (um-cara-que-não-vou-falar-o-nome-mas-escreve-no-Globo).
Shit, a censura passou por aqui. E eu sou psicótica. A criação de um livro me deixa maluca. Basta olhar pro post aí de baixo. Cadê minha psicóloga...
8.3.03
O blog de Deus
Sentei na minha cama. Acabei de sonhar que, de algum modo, eu mexia na Wired como a Lain até conseguir "fechar esse mundo e abrir o próximo". Havia um website misterioso e eu conseguia invadi-lo, e falava pros meus amigos hackers: "é agora, vou apertar F5", e eu apertava, e eles falavam "Não!". Era a última coisa que eu ouvia. A ponta da minha blusa era sugada por uma gaveta; eu estranhava, mas depois percebia que era aquilo mesmo e deixava. Eu toda era sugada e aparecia do outro lado. Por um breve momento eu via o blog de Deus. Eu via um post onde ele explicava como criou Vênus e a Lua; cada um dos sete dias, explicado. E, no momento seguinte, meu peito era esmagado e eu morria - feliz.
Acordei meio fora de mim. O sonho não foi ruim, foi só chocante. Morrer não é fácil, não acontece todo dia. Abri o livro "Clube da Luta" achando que seria uma boa dose de realidade. Infelizmente não foi. Eu li uma frase dita pelo personagem principal sobre como ele se sente nos grupos de apoio ao câncer de testículo e outras doenças horríveis: "Você olha para uma estrela e desaparece dentro dela". É mais ou menos isso que eu senti: olhei pra uma estrela; uma estrela tão grande que fui sugada por ela. E explodi. É como um buraco negro, uma estrela morta.
O livro é a versão yang do que eu sonhei. Lain é feminino, Clube da Luta é masculino.
Maria Luiza é meu oposto. Marla acaba com a felicidade do cara do livro, assim como Maria Luiza é tudo de mau. Ela destrói a idéia de Deus. Ela é Nietzsche. Ela é Marla. Ela é muito má.
Sentei na minha cama. Acabei de sonhar que, de algum modo, eu mexia na Wired como a Lain até conseguir "fechar esse mundo e abrir o próximo". Havia um website misterioso e eu conseguia invadi-lo, e falava pros meus amigos hackers: "é agora, vou apertar F5", e eu apertava, e eles falavam "Não!". Era a última coisa que eu ouvia. A ponta da minha blusa era sugada por uma gaveta; eu estranhava, mas depois percebia que era aquilo mesmo e deixava. Eu toda era sugada e aparecia do outro lado. Por um breve momento eu via o blog de Deus. Eu via um post onde ele explicava como criou Vênus e a Lua; cada um dos sete dias, explicado. E, no momento seguinte, meu peito era esmagado e eu morria - feliz.
Acordei meio fora de mim. O sonho não foi ruim, foi só chocante. Morrer não é fácil, não acontece todo dia. Abri o livro "Clube da Luta" achando que seria uma boa dose de realidade. Infelizmente não foi. Eu li uma frase dita pelo personagem principal sobre como ele se sente nos grupos de apoio ao câncer de testículo e outras doenças horríveis: "Você olha para uma estrela e desaparece dentro dela". É mais ou menos isso que eu senti: olhei pra uma estrela; uma estrela tão grande que fui sugada por ela. E explodi. É como um buraco negro, uma estrela morta.
O livro é a versão yang do que eu sonhei. Lain é feminino, Clube da Luta é masculino.
Maria Luiza é meu oposto. Marla acaba com a felicidade do cara do livro, assim como Maria Luiza é tudo de mau. Ela destrói a idéia de Deus. Ela é Nietzsche. Ela é Marla. Ela é muito má.
7.3.03
Fetiches
Entrei no box. O meu sabonete de camomila havia sido substituído por um sabonete verde, que parecia de hotel.
Achei que tivesse sido a empregada. Mas porque ela sumiria com os sabonetes?
O mistério continuou até que, enquanto lavava uma certa peça íntima, percebi que a palavra escrita no sabonete era "Jesus".
Eu imediatamente parei de fazer o que estava fazendo (parecia um pouco desrespeitoso), enquanto chegava à triste conclusão de que meu pai continuava fazendo aquilo. Quer dizer, mesma coisa naquela vez em que ele ungiu (com azeite consagrado) os chinelos da minha mãe, e exagerou tanto na quantidade que ela escorregou e quase se estabacou. Ele também misturava sal ao sal que comíamos em casa, azeite ao nosso azeite, e ungia a mão pra apertar a mão das visitas (melecando a mão de todo mundo), além de outras coisas que não lembro agora.
É engraçado ele criticar a minha tia, que segundo ele vinha com pó de cemitério embaixo das unhas pra espalhar pela nossa casa (ou seja, nos consagrar a quem ela adora sem o nosso conhecimento), e fazer exatamente a mesma coisa! Pelo que eu conheço da doutrina cristã, não deveria ser assim!
Eu perguntei a ele pelo meu sabonete e felizmente ele não tinha jogado fora. Ele foi buscar, mas antes de me dar, relutou: "Por quê? Você vai tomar banho agora?". Eu respondi simplesmente: "Não, já tomei. Mas bota ele aí". E ele botou. Deve ter visto que eu usei o sabonete dele e comemorado. Isso é tão idiota...
Entrei no box. O meu sabonete de camomila havia sido substituído por um sabonete verde, que parecia de hotel.
Achei que tivesse sido a empregada. Mas porque ela sumiria com os sabonetes?
O mistério continuou até que, enquanto lavava uma certa peça íntima, percebi que a palavra escrita no sabonete era "Jesus".
Eu imediatamente parei de fazer o que estava fazendo (parecia um pouco desrespeitoso), enquanto chegava à triste conclusão de que meu pai continuava fazendo aquilo. Quer dizer, mesma coisa naquela vez em que ele ungiu (com azeite consagrado) os chinelos da minha mãe, e exagerou tanto na quantidade que ela escorregou e quase se estabacou. Ele também misturava sal ao sal que comíamos em casa, azeite ao nosso azeite, e ungia a mão pra apertar a mão das visitas (melecando a mão de todo mundo), além de outras coisas que não lembro agora.
É engraçado ele criticar a minha tia, que segundo ele vinha com pó de cemitério embaixo das unhas pra espalhar pela nossa casa (ou seja, nos consagrar a quem ela adora sem o nosso conhecimento), e fazer exatamente a mesma coisa! Pelo que eu conheço da doutrina cristã, não deveria ser assim!
Eu perguntei a ele pelo meu sabonete e felizmente ele não tinha jogado fora. Ele foi buscar, mas antes de me dar, relutou: "Por quê? Você vai tomar banho agora?". Eu respondi simplesmente: "Não, já tomei. Mas bota ele aí". E ele botou. Deve ter visto que eu usei o sabonete dele e comemorado. Isso é tão idiota...
4.3.03
DVDs de pobre
Todos os filmes que gravei até hoje.
Beleza americana
Em alto astral
Footloose
Fucking Amal
Gen-13
Matilda
Mundo Cão
Tron
A turma do Charlie Brown
A vida sonhada dos anjos
X-Men
E filmes que eu quero:
Curtindo a vida adoidado
Dançando no escuro
Flashdance
tudo da Aeon Flux
outros do Charlie Brown
Todos os filmes que gravei até hoje.
Beleza americana
Em alto astral
Footloose
Fucking Amal
Gen-13
Matilda
Mundo Cão
Tron
A turma do Charlie Brown
A vida sonhada dos anjos
X-Men
E filmes que eu quero:
Curtindo a vida adoidado
Dançando no escuro
Flashdance
tudo da Aeon Flux
outros do Charlie Brown
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