25.3.04
Outro dia disse que não sou uma pessoa interessante. Mantenho minha posição, mas presenciei uma coisa interessante ontem. 00 no domingo, e ontem, Cine Cachaça. Curta legal do Zé do Caixão ("Manhê!"). Depois, música: samba, rock, então samba-rock, e músicas de onde se tiram samples e fazem drum'n'bass geniais (Carolina, do Jorge Ben, a música de onde tiraram o sample de Groove is in the heart, a versão original daquela nem vem que não tem de Cidade de Deus etc.). E de repente, antes das 2 da manhã, o DJ anuncia a saideira (Detalhes tão pequenos de nós dois, Roberto Carlos). E saiu mesmo, guardou as coisas e foi embora, enquanto as pessoas que ainda enchiam a pista começavam a puxar umas músicas, a maioria de carnaval (vê-se logo porque não participei, fiquei olhando. Sou chata, vá embora.). Logo surgiu um cavaquinho (explicável, cabe numa mochila) e depois um violão (não se sabe de onde). A manifestação social de cunho espontâneo abarcou a cabeleira do Zezé, a jardineira, o deserto do Saara, mamãe eu quero, quem não chora não mama - e você pensa que cachaça é água? A turma do funil continuou deixando os outros tontos, cantou descendo a escada, estacionaram na frente do Odeon, a dona da festa tinha sacado uma mini-dv, aparentemente querendo provar que a festa era chata mas as pessoas eram legais.