16.5.05

Saí da bienal sem comprar um mísero livro.
Quando os vendedores só sabem repetir a mesma ladainha de damos-somente-o-desconto-do-ingresso-em-compras-de-acima-de-cinqüenta-reais...
Quando até a livraria de editoras misturadas dos outros anos só trabalha com o preço-de-tabela e o beste-seller-do-mês...
Quando você vai no estande da LIBRE (o "sindicato" das pequenas editoras) e descobre que eles chutaram o balde com um estande onde o único livro é o catálogo da Primavera dos Livros do ano passado...
Aí, amigo, é hora de pensar: será que não era melhor ter ficado em casa e comprado tudo pela internet? (Que é o que estou fazendo agora, neste momento?)
(Eu tentei acordá-los pra realidade. Juro que tentei. Falei descaradamente na cara do homem que só repetia damos-somente-o-desconto-do-ingresso: olha, vocês deveriam dar mais desconto, senão, valeria mais a pena comprar nas livrarias na internet do que vir aqui... e ele, nada, afásico.)
Só volto lá se me convidarem para palestra, lançamento ou coisa assim ou o marketing da próxima bienal for pautado em grandes descontos. GRANDES descontos.

JP diz que o problema é a popularização da leitura. Maior audiência, menor Q.I. Todos querem ler Melancia agora, bora todos ler Melancia, tá?
Oh, god.