30.7.06

Vocês não estão cansados desses livros escritos por brasileiras cultas de ascendência européia sobre famílias disfuncionais de maioria feminina e cujos poucos homens ou são violentos ou emasculados, livros nos quais pelo menos um dos conflitos envolve ter filho - aborto, filhos deficientes (um must, deficientes), filhos de incesto, gêmeos, bastardos, whatever - e em algum ponto da história as irmãs, que não se dão desde a infância, fracassam nos casamentos ou whatever e retornam pra casa da matriarca, e em que do meio para o final há sempre uma morte, se doença, câncer, mas de preferência assassinato ou suicídio ou, ainda, área cinza entre os dois?
Bem, eu estou cansada. Isto, que bem merecia etiqueta própria nas livrarias (uma etiqueta enorme, "Livros escritos por brasileiras cultas etc." ou uma menor, "Genérico de Clarice")), continua sendo aclamado pela crítica e apontado como literatura feminina, quando nem literatura é mais: já virou artesanato.
É, eu sei. Mão pesada. Très méchante mermo e pouty: pah!