12.4.09

Sonhei que estava lendo o livro do século (deste). Parte dele se passava numa high school. Envolvia mutantes e geopolítica. Lembro especialmente da solução de um dilema: o cão não queria comer nada porque era na verdade um peixe (mutante). Havia um sujeito sorridente e ultrapopular chamado Swoomi (Swann + swami + swoon) que usava camisa listrada vermelho-e-branca e previa o futuro nas suas mínimas ações, mas não sabia disso.
Eram pelo menos três volumes, e eu lia o dois e o três. Ler, nos meu sonhos, significa encarnar num personagem com o qual me identifiquei.
Então, depois que li o início do terceiro volume, com os poucos sobreviventes do segundo volume se reunindo numa nova high school para o primeiro dia de aula, acordei e fiquei olhando para o teto, boladíssima.
- O que foi? - perguntou JP.
- Acabei de morrer numa explosão atômica.
- Que bom. Então pelo menos não doeu.
- Doeu, sim. Porque eu fui mané. Me escondi atrás de um troço de chumbo.
- Então... você foi mané. Deve ter doído muito.
- Horrivelmente. Eles tinham desenvolvido umas bombas atômicas de pequeno porte. Você via as nuvenzinhas de cogumelo. Eu abracei desconhecidos, deu tempo.
- Me falaram de não sei que filme o sujeito escapa de uma explosão atômica dentro de uma geladeira de chumbo.
- Foi... o último Indiana Jones. Eu vi.
- Bem idiota.
- Agora eu sei que não funciona. Eu sei, eu estive lá.
Fechei meus olhos para não ver minha própria carne queimada. A última coisa que senti foram os dedinhos do pé engelhados, um tocando no outro. E só.