18.5.09

as sete pragas do Egito

Na minha cozinha têm entrado umas mariposas pretas que, ao que parece, perdem as asas e viram umas lagartinhas nojentas. Elas se prendem ao teto e ficam por lá deslizando. Elas parecem não gostar de nenhum outro lugar, nem o da sala; apenas o laranja-COMLURB de que pintei o teto da cozinha as atrai. De vez em quando eu ponho a escada e estalo algumas com o chinelo: parecem espinhas gordas.

Uma coisa esse apartamento não tem: baratas. De resto, vive sendo invadido por bichos estranhos, às vezes hordas deles. Há épocas para cada praga. Hordas de abelhas, de cupins, formigões, do mosquitinho que deixa cheiro de mato depois de morto, do verdinho que gosta de pousar na tela do computador... e eu nem mantenho uma lavoura (não compro, nem planto...)

Mas os piores são os unitários. Quando o bicho entra sozinho, é porque é punk. É um bicho que eu mesma não vou conseguir tirar e vou ter que chamar o porteiro ou jogar um gato em cima. O morcego, por exemplo. Ou a libélula gigante que a saudosa gatinha Pirata encurralou e, quando ferida, começou a soltar uma espécie de "linha" peguenta verde-água. Como a Pirata fazia questão de comer tudo o que caçava por puro orgulho felino, tirei o bicho dela e joguei fora.

Mas o hors-concours foi um besouro de olhos fosforescentes que invadiu a minha sala certa madrugada, no meio de uma partida de Chrono Trigger. Demoníaco, radioativo e transgênico, o bicho me impressionou tanto que o prendi num copo e fiz um vídeo dele.

Se alguém conhecer essa espécie, gostaria de saber qual é.