Todo o contato prematuro e próximo que tive com o mal, e mais do que com o mal, com a entropia e como a sociedade a trata, me faz considerar certos temas em literatura chatíssimos. Quanta frioleira! Eu quero a verdade. Eu quero o que é real. Por isso mesmo sou fã de ficção. O trabalho de mentir para realçar a realidade vem sido substituído por falar a verdade para melhor mentir, o que explica tanta autobiografia fuleira.
A proximidade da entropia tolerada com a encarcerável é que me arrepia. As coisas se estragam e pouca gente se dispõe a cuidar delas. Preferem criar coisas novas do zero e abandonar o que ainda amam do que revivê-lo - dá trabalho consertar. Uma criança, por exemplo. Ou uma cidade.
Você já parou de andar com alguém porque a pessoa ofendeu uma convicção fundamental sua? Aqui no Rio simplesmente não se usa isso... pelo menos eu nunca vi. Sorri-se e vai em frente. No meu caso, sou incapaz de fazer esse tipo de coisa porque não lembro do nome e da cara das pessoas. Mas faria, faria.