Os melhores foram os do final.
Saved! - Bom. Comédia feita para ex-evangélicas que andavam com uma bíblia fashion de couro branco, com zíper, e um pequeno adesivo furta-cor escrito Deus te ama. Não é um público tão grande, mas as pessoas normais ainda riem - nas horas erradas, de tanto que a Globo ridicularizou o Bispo Macedo. Tem momentos foffos para quem gosta. Who is down with the G.O.D.?
The edukators - Bom. Como filme-de-esquerda, é um pouco overdidático, mas satisfaz porque a história cresce muito bem, desviando-se dos obstáculos. Deve fazer sucesso no Rio.
Coffee and cigarettes - Bom. Potencial para ser o Lost in translation desse ano, Bill Murray incluído. É o seguinte: são vários curtas, mas ao mesmo tempo é um filme. Pode não ser profundo, mas acho que gostei mais da interação entre o Dr. Octopus e Steve Coogan. É uma brincadeira bem cruel, e das boas.
Se bem que também gostei dos gêmeos-corvos, do Bill Murray, da Renée, e das primas-Cates-Blanchetts, e do Jack e da Meg, e dos velhos, e...
...do xadrez onipresente, e da trilha sonora perfeita.
O coração é traiçoeiro acima de todas as coisas - Bom. Os temas do outro filme da Asia (A virgem escarlate) estão presentes: a maternidade, a religião, a redenção por vias tortas. Podia falar muito dos recursos de montagem, fotografia e os efeitos especiais (os efeitos especiais...). Mas a moral da história é que Asia Argento é foda. Como diretora, como mulher, como atriz. Está provado, juramentado, sacramentado. O menininho que faz o Jeremiah também é foda. Pedem para ele cantar um hino e ele canta um hino punk com direito a cusparada, parte da letra.
A história é muito feia. Ao mesmo tempo, não é feita para se dizer olha que merda, tipo Réquiem para um sonho. É um quase-humor nigérrimo. Só não espere Branca de Neve.