Vocês vão rir, mas eu preciso jogar jogos de computador para escrever. Falo de um joguinho de cartas depois de ficar umas três horas escrevendo. Agora, nos fins-de-semana, preciso de algo um pouco mais... substancial. Às vezes adventures, como os das séries Myst e The Longest Journey: paisagens bonitas para quando estou precisando acrescentar beleza ao texto ou presa num detalhe do enredo. (Também funciona com paisagens reais.)
Mas geralmente prefiro jogos violentos - "já criei muito, agora é hora do Shiva atuar". Quem acompanha o blog sabe que jogo a série Tomb Raider, da Lara Croft. Mas a série vem perdendo muito de seu brilho. Já fizeram gato e sapato da Lara: mataram-na pra depois ressuscitar, mudaram sua história pregressa, acrescentaram personagens novos chatos... e nada de novidades na mecânica de jogo - exceto pelas pioras na jogabilidade...
Aí resolvi jogar Prince of Persia: The Sands of Time porque adorava a versão antiga e também porque tinha ouvido falar bem. E não é que resultou? Muito melhor que a série Tomb Raider em seu presente estado. Para começar, o Prince usa armas brancas, adaga e espada. Descobri que prefiro o combate corpo-a-corpo ao com armas de fogo. O Prince salta, se pendura e balança em cordas como Lara, mas com a vantagem extra de correr pelas paredes. Basicamente ele ganhou as habilidades do Le Parkour. Outra coisa que o Prince tem que Lara não tem (mais): uma história. E humor - não necessariamente pra mostrar "o quanto ele é superior", como o esparso humor de Tomb Raider. E, ah, sim, ele é sexy sem ser apelativo. Enfim, para quem gosta, recomendo. Tem uma versão com anúncios que pode ser baixada de graça.