9.11.09

Na companhia de babacas

Sobre a Uniban e gostosas tentando se ilustrar, pensei o seguinte:

Quando eu tinha 13 anos e, da noite pro dia, fiquei gostosa, considerei mentalmente esta nova opção: entretenimento adulto. Até então, eu parecia destinada a ser nerd, mas naquele ponto poderia escolher entre uma carreira de nerd e uma carreira de gostosa.
Não suportava ter que ser interessante para a massa. Se eu fosse tentar a carreira bas-fond, certamente eu miraria nos generais, não nos soldados (Dietrich mode on). MAS...
O ponto decisivo para continuar investindo (pondo os XP points) na nerdice foi a companhia. Eu detestava os zé-punhetas da minha sala. Agora, imagine uma profissão que transforma homens crescidos em babões de 13 anos, tenham a inteligência ou a posição social que tiverem. No fundo foi por isso que desisti da carreira no entretenimento adulto em favor da nerdice, e não por um motivo moral mais elevado (e certamente não pelas recompensas financeiras, heh).
Acontece que o buraco é mais embaixo. O macho brasileiro ainda não trabalha nas duas fases, mulher bonita E inteligente. Resultado: há intelectuais que conversam muito direitinho com outros portadores de pênis, mas quando uma menina bonita entra no palco, só usam a gente como escada-zorra-total. Numa metáfora voleibolística: não levantam a bola para a gente cortar, ressentidos como Irmãs Cajazeiras. Talvez porque aquelas ali não caiam fácil na lábia.