3.12.09

"Quero coisas impossíveis, como toda mulher" (Dahmer)

A sorte de ser anormal é que você não passa pelas fases chatas de ideal masculino por que a maioria das meninas passa. Se apaixonar pelo amigo magro e sem pêlos que não intimida; depois pelo amigo gay, com ou sem pêlos; professor, homem mais velho, intelectual (yawn); na hora da revisão existencial, um framenguista doente ou fetichista; depois, já balzaquiana/quarentona, os novinhos. E variações em torno disso.
Sendo anormal você sabe exatamente o que quer, sempre soube, só que não existe. Você quer o impossível. Você quer um viking intelectual.
Até que, um belo dia, existe. E você fica achando: ecce homo, para quê o resto? Ficcionalmente falando acho muito chato, mas é bom de viver. Mão na roda.

Quando li Iracema, entendi a menina. Eu também era uma espécie de virgem vestal com prazo de validade e gosto exótico.