2.7.04

Um dos professores mais adorados por mim lá na faculdade, o Welley, além do Paulo Pires, do João Freire etc. Ele convoca participações dos alunos que raramente acontecem espontaneamente, portanto ele é forçado a iniciar todas as perguntas por "VOCÊ" e um dedo do tamanho de um salame na cara do "voluntário".
Explicando não-sei-o-quê, ele perguntou para uma pobre menina como ela se definiria em uma palavra. Não tive nem tempo de sentir pena dela porque a próxima a ter a unha na cara, sim!, eu mesma - e, na falta de resposta melhor, respondi que eu era tímida. Praquê.
Welley cantarolou aquela música da Rita Lee, "mamãe, acho que estou ligeiramente grávida..."; porra.
Calma, eu explico. É que sou eu quem responde a todas as perguntas que ele faz. Quase todas. Mas é que as pessoas da ECO parecem achar elegante sustentar um ar blasé diante das aulas, como se não estivessem ouvindo nada de novo. Em algumas, mantenho o mesmo olhar, mas é porque realmente não estou ouvindo nada de novo; mesmo assim, se a aula for um cu e eu pescar algo de bom, demonstro meu desabrido entusiasmo. Sou burra e grossa, faço perguntas e as respondo. É.
Mas não, quanto ao Welley, não fiquei brava não. Só achei que devia ter respondido "estranha". Melhor talvez. Definiria minha instabilidade.
Sei também o que outras pessoas pensaram no exato momento em que ele fez a pergunta - talvez, respostas melhores que a minha.