Os males do jabá
Hoje acordei com uma música lentinha que dizia assim: "Perto de Deeeus...(coro: Deus, Deus, Deus)". Dei um tapão no Snooze, como sempre, e toca a dormir mais dez minutos. De novo, mesmo trecho: "Perto de Deeus... (coro: Deus, Deus, Deus)". Só podia ter uma explicação: minha mãe pôs na rádio evangélica pra se confortar (sabe, a situação toda, a minha avó e tal)?
Me enganei. Dali a pouco entra o locutor, afetando uma superempolgação: "Perto de Deus, música nova do Cidade Negra...".
31.8.04
30.8.04
Textos do exílio (II)
Tipo, a estagiária ruiva de 22 anos não podia responder, "qual é, tio, tu é velho mermo!", como provavelmente na vida real. Ela tem que ser burra de outra forma e deixar o cara passar por cima delicado como uma jamanta, sentindo-se fodão, professoral etc., etc., Berna fica na Suíça, etc., etc. E dar corda, dar corda. Bem, isso algumas dão, mas não passa de corda, lembram da Ana Carolina? "Dar corda pra depois te abandonar"?.
(Especialmente para quem não pega as referências desse blog: não é culpa de vocês, eu quero ser hermética e acaba que não obtenho a tal da identificação que eu queria. Vou explicar dessa vez, mas deixe o textinho lá, bonitinho: estou falando do novo e primeiro livro do Arthur Dapieve, colunista de O Globo, chamado "De cada amor tu herdarás só o cinismo". É o nheco-nheco entre um publicitário casado de 46 anos (mesma idade do colunista) e sua estagiária ruiva de 22. Para tudo piorar, o livro entra na prateleira da tal da literatura pop, listas de cinco mais e referências musicais muito, mas muito insistentes. Abri na livraria (com cuidado pra não espirrar no olho) e peguei o seguinte diálogo: ele dizendo quando e onde ele nasceu (dados completos; por que a punhetice?) e ela fazendo a seguir um comentário bem burro geográfica e historicamente, e ele lembrando de um conselho de um amigo ("buceta não cai do céu") e por isso sendo "delicado" ao corrigi-la (delicado como uma jamanta, já disse). E a Ana Carolina é uma cantora da MPB cujo primeiro sucesso falava em dar corda pra depois abandonar. Pronto. Viram porque eu não explico?).
Tipo, a estagiária ruiva de 22 anos não podia responder, "qual é, tio, tu é velho mermo!", como provavelmente na vida real. Ela tem que ser burra de outra forma e deixar o cara passar por cima delicado como uma jamanta, sentindo-se fodão, professoral etc., etc., Berna fica na Suíça, etc., etc. E dar corda, dar corda. Bem, isso algumas dão, mas não passa de corda, lembram da Ana Carolina? "Dar corda pra depois te abandonar"?.
(Especialmente para quem não pega as referências desse blog: não é culpa de vocês, eu quero ser hermética e acaba que não obtenho a tal da identificação que eu queria. Vou explicar dessa vez, mas deixe o textinho lá, bonitinho: estou falando do novo e primeiro livro do Arthur Dapieve, colunista de O Globo, chamado "De cada amor tu herdarás só o cinismo". É o nheco-nheco entre um publicitário casado de 46 anos (mesma idade do colunista) e sua estagiária ruiva de 22. Para tudo piorar, o livro entra na prateleira da tal da literatura pop, listas de cinco mais e referências musicais muito, mas muito insistentes. Abri na livraria (com cuidado pra não espirrar no olho) e peguei o seguinte diálogo: ele dizendo quando e onde ele nasceu (dados completos; por que a punhetice?) e ela fazendo a seguir um comentário bem burro geográfica e historicamente, e ele lembrando de um conselho de um amigo ("buceta não cai do céu") e por isso sendo "delicado" ao corrigi-la (delicado como uma jamanta, já disse). E a Ana Carolina é uma cantora da MPB cujo primeiro sucesso falava em dar corda pra depois abandonar. Pronto. Viram porque eu não explico?).
Novos textos do exílio (I)
Virei um caracol, carrego minha casa nas costas. Minha bússola é o guia de ruas, 29,90 na banca mais perto de você.
Estou me sentindo um disco de hóquei, deslocada de cá pra lá a violentas tacadas.
Não, sério.
Quando resolvi ser escritora eu não pretendia levar uma vida muito difícil não. (Tem gente que faz o contrário: leva uma vida muito difícil e por isso, resolve ser escritora. Mas isso não vem ao caso, não agora.) Talvez só uns casos tórridos, mas era só, e o objetivo seria pura diversão.
Daí que está acontecendo exatamente o contrário: caso tórrido, até agora, só um (e não que eu reclame; estou começando a entender qual é a dessa perversão chamada monogamia). E minha vida, hoje, dava uma música dessas ridículas que hoje infestam nossas rádios (tipo a do bebê sem chupeta ou a do borogodó é do balacobaco). A empregada tá grávida; minha avó está com câncer terminal à base de Zoloft; meu pai me agrediu fisicamente com uma porta e quer o modem de volta; minha mãe chamou o quitinete que tenho dinheiro pra comprar de "pardieiro".
Sou material para Alanis Morissette? Ah, e estou morando de favor. Na casa vazia da minha avó terminal, com a empregada grávida que sempre fica com a TV grande pra assistir Senhora do Destino.
Parece que as pessoas ficram todas loucas, perderam a cabeça por aí.
Eu não consigo nem ficar triste. Acho que estou anestesiada. Lembra aquela cena de PI em que o Cohen bate o cérebro na pia? wahh, wah wah wah wah!
Bãããããã.
Virei um caracol, carrego minha casa nas costas. Minha bússola é o guia de ruas, 29,90 na banca mais perto de você.
Estou me sentindo um disco de hóquei, deslocada de cá pra lá a violentas tacadas.
Não, sério.
Quando resolvi ser escritora eu não pretendia levar uma vida muito difícil não. (Tem gente que faz o contrário: leva uma vida muito difícil e por isso, resolve ser escritora. Mas isso não vem ao caso, não agora.) Talvez só uns casos tórridos, mas era só, e o objetivo seria pura diversão.
Daí que está acontecendo exatamente o contrário: caso tórrido, até agora, só um (e não que eu reclame; estou começando a entender qual é a dessa perversão chamada monogamia). E minha vida, hoje, dava uma música dessas ridículas que hoje infestam nossas rádios (tipo a do bebê sem chupeta ou a do borogodó é do balacobaco). A empregada tá grávida; minha avó está com câncer terminal à base de Zoloft; meu pai me agrediu fisicamente com uma porta e quer o modem de volta; minha mãe chamou o quitinete que tenho dinheiro pra comprar de "pardieiro".
Sou material para Alanis Morissette? Ah, e estou morando de favor. Na casa vazia da minha avó terminal, com a empregada grávida que sempre fica com a TV grande pra assistir Senhora do Destino.
Parece que as pessoas ficram todas loucas, perderam a cabeça por aí.
Eu não consigo nem ficar triste. Acho que estou anestesiada. Lembra aquela cena de PI em que o Cohen bate o cérebro na pia? wahh, wah wah wah wah!
Bãããããã.
21.8.04
Era uma vez um edifício misto de serviços e lojas caríssimas.
No começo, éramos só eu e o ascensorista. Na descida, uma horda de gente artificialmente loira e lisa com sacolas pink-berrantes entope o elevador.
Nas sacolas pink está escrito "espaço fashion". São duas mulheres de uns quarenta, vestidas e maquiadas como a Britney Spears, carregando a maior parte das sacolas; a avó, que sorri perante e durante toda a cena; a menina de uns 14 anos, também carregando uma sacolinha; a única sem a sacola é a mais nova, curvada e de cara fechada ("Sullen Girl"). Talvez uma nova-família, núcleo feminino do Manoel Carlos: vó loira, mãe loira, duas filhas morenas, melhor-amiga-loira-da-mãe-loira (homens canalhas!). Todas, menos a Sullen Girl, sorriem. Não um sorriso smirk (o dos olhos apertados e leve contração satisfeita dos lábios, de quem assiste um Monty Python), sabe, mas um sorriso grin (o das recepcionistas falsas e dos anúncios odiosos).
Pois Sullen Girl é intimada a sorrir. Não só convidada, mas também intimada, pressionada, convocada, obrigada a sorrir. Para tal, a horda loira esbofeteia sua auto-estima.
- Que cara zangada.
- Que cara zangada, hein!!!
- Ninguém gosta de gente mal-humorada.
- Gente mal-humorada não tem amigos.
- Ri! Ri! Que que cê tem?
- Que cara feia, hein!
Cócegas e abraços forçados. Sullen Girl, constrangida, ri. Ri para elas pararem com isso, e em parte porque quando em criança (tipo, ontem) ela estava satisfeita com a vida.
Sullen Girl as ameaça. Não só no sentido de não perceberem, por contraste, dentro do elevador (eu e o ascensorista) que elas estão fingindo que estão, ou são, felizes. Mas no sentido de elas mesmas também perceberem, e pararem de conseguir fingir, e terem que trocar todo o guarda-roupa para combinar, e pararem de assistir novelas-das-oito, e deixarem de tingir o cabelo, e de desejarem homens bonitos porque é isso o que gente normal faz, e de viverem a vida toda pagando um mês à frente no cartão de crédito, e o trabalho, e o chopinho depois do trabalho, e os remedinhos pra dormir, já pensou a canseira? Coitadas. Ficariam sem eira nem beira, àquela altura da vida mudar dá uma trabalheira. É melhor mudar a pequena anomalia. É de pequeno que se torce o pepino, elas sabem.
E eu, nó na garganta, sinto-me compelida a quebrar a cara delas ("to crack their grin"). Não com um soco, mas com a seguinte afirmação, numa voz monótona e clara, feita estrategicamente entre o terceiro andar de garagem e a sobreloja, para que não houvesse tempo para a resposta:
- Vocês estão enganadas. Mantive esta cara (*gesto suave da mão sobre o rosto*) toda a minha vida, e não só consegui passar relativamente bem pela adolescência como estou fazendo uma bela entrada na vida adulta. Tenho poucos e bons amigos e um relacionamento amoroso feliz, mas quero distância da minha família por ter insistido exatamente nesta mentira deslavada que vocês estão tentando pregar.
E para a menina:
- Você vai ser feliz de verdade e não como elas.
E se estivesse a fim de ser dramática:
- Eu sou você... amanhã (*brandindo um uísque*).
E deixar aquelas caras que ficam num vaso perto da porta das casas delas pelo menos um pouco estragadas.
Mas Sullen Girls são umas inertes, além de subversivas. Não adianta ninguém falar nada para elas, e como seria in her behalf que eu estaria falando, não falei nada. Conhecer o caminho não é igual (e não é nada parecido) com trilhar o caminho.
No começo, éramos só eu e o ascensorista. Na descida, uma horda de gente artificialmente loira e lisa com sacolas pink-berrantes entope o elevador.
Nas sacolas pink está escrito "espaço fashion". São duas mulheres de uns quarenta, vestidas e maquiadas como a Britney Spears, carregando a maior parte das sacolas; a avó, que sorri perante e durante toda a cena; a menina de uns 14 anos, também carregando uma sacolinha; a única sem a sacola é a mais nova, curvada e de cara fechada ("Sullen Girl"). Talvez uma nova-família, núcleo feminino do Manoel Carlos: vó loira, mãe loira, duas filhas morenas, melhor-amiga-loira-da-mãe-loira (homens canalhas!). Todas, menos a Sullen Girl, sorriem. Não um sorriso smirk (o dos olhos apertados e leve contração satisfeita dos lábios, de quem assiste um Monty Python), sabe, mas um sorriso grin (o das recepcionistas falsas e dos anúncios odiosos).
Pois Sullen Girl é intimada a sorrir. Não só convidada, mas também intimada, pressionada, convocada, obrigada a sorrir. Para tal, a horda loira esbofeteia sua auto-estima.
- Que cara zangada.
- Que cara zangada, hein!!!
- Ninguém gosta de gente mal-humorada.
- Gente mal-humorada não tem amigos.
- Ri! Ri! Que que cê tem?
- Que cara feia, hein!
Cócegas e abraços forçados. Sullen Girl, constrangida, ri. Ri para elas pararem com isso, e em parte porque quando em criança (tipo, ontem) ela estava satisfeita com a vida.
Sullen Girl as ameaça. Não só no sentido de não perceberem, por contraste, dentro do elevador (eu e o ascensorista) que elas estão fingindo que estão, ou são, felizes. Mas no sentido de elas mesmas também perceberem, e pararem de conseguir fingir, e terem que trocar todo o guarda-roupa para combinar, e pararem de assistir novelas-das-oito, e deixarem de tingir o cabelo, e de desejarem homens bonitos porque é isso o que gente normal faz, e de viverem a vida toda pagando um mês à frente no cartão de crédito, e o trabalho, e o chopinho depois do trabalho, e os remedinhos pra dormir, já pensou a canseira? Coitadas. Ficariam sem eira nem beira, àquela altura da vida mudar dá uma trabalheira. É melhor mudar a pequena anomalia. É de pequeno que se torce o pepino, elas sabem.
E eu, nó na garganta, sinto-me compelida a quebrar a cara delas ("to crack their grin"). Não com um soco, mas com a seguinte afirmação, numa voz monótona e clara, feita estrategicamente entre o terceiro andar de garagem e a sobreloja, para que não houvesse tempo para a resposta:
- Vocês estão enganadas. Mantive esta cara (*gesto suave da mão sobre o rosto*) toda a minha vida, e não só consegui passar relativamente bem pela adolescência como estou fazendo uma bela entrada na vida adulta. Tenho poucos e bons amigos e um relacionamento amoroso feliz, mas quero distância da minha família por ter insistido exatamente nesta mentira deslavada que vocês estão tentando pregar.
E para a menina:
- Você vai ser feliz de verdade e não como elas.
E se estivesse a fim de ser dramática:
- Eu sou você... amanhã (*brandindo um uísque*).
E deixar aquelas caras que ficam num vaso perto da porta das casas delas pelo menos um pouco estragadas.
Mas Sullen Girls são umas inertes, além de subversivas. Não adianta ninguém falar nada para elas, e como seria in her behalf que eu estaria falando, não falei nada. Conhecer o caminho não é igual (e não é nada parecido) com trilhar o caminho.
16.8.04
Ui ui. Hate to say I told you so.
Parece que sou uma boa pauteira, especialmente de comportamento. Deixe-me ver:
- os cinemas estão ficando caros e cartelizados, surge uma campanha na internet para baixar seu preço.
- os farofeiros da internet: será que brasileiro é tão mal-educado, spammer e desrespeitador da netiqueta quanto se diz? (ilustração: um frango com farofa estilizado, clipart. Box: brasileiros estão na vanguarda da internet).
- estamos esperando o grande romance desta geração: quem é o mais provável candidato a escrevê-lo (título: façam suas apostas).
- o metrô e o ônibus cariocas estão quase nivelando de preço.
Se quiserem me contratar, sorry, vocês perderam a chance. Mas posso fornecer consultoria de ghost-pauteira por um preço absurdamente caro.
Parece que sou uma boa pauteira, especialmente de comportamento. Deixe-me ver:
- os cinemas estão ficando caros e cartelizados, surge uma campanha na internet para baixar seu preço.
- os farofeiros da internet: será que brasileiro é tão mal-educado, spammer e desrespeitador da netiqueta quanto se diz? (ilustração: um frango com farofa estilizado, clipart. Box: brasileiros estão na vanguarda da internet).
- estamos esperando o grande romance desta geração: quem é o mais provável candidato a escrevê-lo (título: façam suas apostas).
- o metrô e o ônibus cariocas estão quase nivelando de preço.
Se quiserem me contratar, sorry, vocês perderam a chance. Mas posso fornecer consultoria de ghost-pauteira por um preço absurdamente caro.
15.8.04
Tenho visto um bocado de gente esperneando contra pessoas que fazem referências a músicas e artistas muito alternativos em seus blogs e fotologs... A primeira coisa que sinto é "puxa, desculpe, mas é disso mesmo que eu gosto...". Sei que deve ter gente que finge que só gosta disso para parecer mais cool, mas às vezes, sabe, é verdade. E isso não quer dizer que eu queira obrigar os outros a gostarem igual.
(Como redenção, não vale confessar gostos toscos, como Stevie B, Tati Quebra-Barraco e UDR, coisas pitorescas e bizarras que afirmariam um gosto pelo trash hoje em dia mais que aceitável como medida de coolness.)
Acho que essas pessoas, quando lêem referências a algo que não gostam, ou nem conhecem, sentem culpa por gostarem muito de alguma coisa bem tola - e não no sentido trash - por exemplo: Engenheiros do Havaí, e desancam pelo outro lado. Ou seja, o complexo é delas... assim: Eu queria ser mais sofisticado e não consigo, sei que esta pessoa está somente fingindo, só para me humilhar!
Namoro uma pessoa que declara, sem medo, que sua banda preferida é Ace of Base. E daí? Só porque é dance music completamente pop? Só porque as letras têm love e baby a cada dois versos? Personalidade, baby, that's what counts.
(Como redenção, não vale confessar gostos toscos, como Stevie B, Tati Quebra-Barraco e UDR, coisas pitorescas e bizarras que afirmariam um gosto pelo trash hoje em dia mais que aceitável como medida de coolness.)
Acho que essas pessoas, quando lêem referências a algo que não gostam, ou nem conhecem, sentem culpa por gostarem muito de alguma coisa bem tola - e não no sentido trash - por exemplo: Engenheiros do Havaí, e desancam pelo outro lado. Ou seja, o complexo é delas... assim: Eu queria ser mais sofisticado e não consigo, sei que esta pessoa está somente fingindo, só para me humilhar!
Namoro uma pessoa que declara, sem medo, que sua banda preferida é Ace of Base. E daí? Só porque é dance music completamente pop? Só porque as letras têm love e baby a cada dois versos? Personalidade, baby, that's what counts.
14.8.04
Maria Luiza, após ser barbaramente traída, dá a volta no carro unsurprised. Ou seja, ela já espera dos outros o pior e a traição não a surpreendeu, embora fosse surpreender a maioria das pessoas. Essa preciosa palavrinha, unsurprised, não tem equivalente em português.
Ou teria? Fui pesquisar.
Passaram perto: apática (excelente, mas onde se vai a riqueza do significado?), impassível (meu deus, que palavra feia. E dá idéia de que a pessoa está parada, coisa que ela não estava, o negócio dela é move on).
Eu tive que comprar um dicionário e inventar uma palavra.
Apresento a vocês...
Imelindrada.
Podem usar, por enquanto não estou cobrando royalties.
Ou teria? Fui pesquisar.
Passaram perto: apática (excelente, mas onde se vai a riqueza do significado?), impassível (meu deus, que palavra feia. E dá idéia de que a pessoa está parada, coisa que ela não estava, o negócio dela é move on).
Eu tive que comprar um dicionário e inventar uma palavra.
Apresento a vocês...
Imelindrada.
Podem usar, por enquanto não estou cobrando royalties.
Frases aleatórias que ouvi durante a minha existência e me vieram à cabeça outro dia, antes de dormir:
"É uma coisa bonita".
Lembram que, até à quarta série, havia um procedimento padrão para apresentar gírias novas relativas a sexo? Era fazer você dizê-las. Por exemplo, certa vez um grupo se aproximou e perguntou:
- Simone, você paga boquete?
- O que é isso?
- Não, primeiro diz se sim ou não.
- Mas como vou saber se faço se você não diz o que é.
- Diz que faz.
- É uma coisa bonita.
Obviamente eu disse que não...
"Agora quer emendar o mundo? Aah...".
Minha avó, após qualquer longa exposição de motivos pelos quais as coisas estão erradas.
Eu devia ter dito "exato!".
"Quem perde tem amor no coração, e quem ganha não tem amor no coração."
- Dinda, você não fica triste porque perdeu?
- Não.
- Como é que você consegue? Eu não sei perder.
- É que quem perde tem amor no coração, e quem ganha não tem amor no coração.
- Ah...
Parei de idealizar os adultos, depois dessa.
Hum, tinha mais... mas esqueci.
"É uma coisa bonita".
Lembram que, até à quarta série, havia um procedimento padrão para apresentar gírias novas relativas a sexo? Era fazer você dizê-las. Por exemplo, certa vez um grupo se aproximou e perguntou:
- Simone, você paga boquete?
- O que é isso?
- Não, primeiro diz se sim ou não.
- Mas como vou saber se faço se você não diz o que é.
- Diz que faz.
- É uma coisa bonita.
Obviamente eu disse que não...
"Agora quer emendar o mundo? Aah...".
Minha avó, após qualquer longa exposição de motivos pelos quais as coisas estão erradas.
Eu devia ter dito "exato!".
"Quem perde tem amor no coração, e quem ganha não tem amor no coração."
- Dinda, você não fica triste porque perdeu?
- Não.
- Como é que você consegue? Eu não sei perder.
- É que quem perde tem amor no coração, e quem ganha não tem amor no coração.
- Ah...
Parei de idealizar os adultos, depois dessa.
Hum, tinha mais... mas esqueci.
13.8.04
10.8.04
Não, não. Eles só dizem isso porque querem te comer. Eu diria, "não acredite que não é", mas você já respondeu a isso, quando sua mente há muito tempo lhe disse igual, quando essa peculiaridade saltou aos olhos, and after some wise deliberation ("say it isn`t so!") you decided to buy it: this and that... they`re nothing to do with. (Tem coisas que só podem ser ditas em inglês. Como "scumbag".) So what am I to do anyway but keep my bigmouth shut.
8.8.04
Playlist do CD que eu dei pro meu pai de Dia dos Pais (não é pão-durismo, ele pediu; além do que, todos sabemos que é uma data comercial capitalista criada pra nos arrancar dinheiro etc.)
01.Broadcast - Before we begin
02.Julieta Venegas - Lento
03.Foo Fighters - Walking after you
04.Stereolab - Lo boob oscilator
05.Coldplay - God put a smile upon your face
06.Lodger - I love death
07.Basement Jaxx - Do your thing
08.U.N.K.L.E. - Be there (com letra)
09.U2 - Please
10.Smoke City - Flying Away
11.Red hot chili peppers - My friends
12.Simply Red - Wonderland
13.Hole - Malibu
14.Liz Phair - Rocket boy
15.Propellerheads - History repeating
16.Raveonettes - Untamed girls
17.Savage garden - I want you
18.Dressy Bessy - Just like Henry
19.Morcheeba - Trigger Hippie
20.Nelly Furtado - Saturdays
É uma lista predominantemente mellow. Coloquei coisas raras de grupos que ele já conhecia para amenizar o tamanho da novidade. Muitos dos grupos que ele não conhece trabalham com influências dos anos 60 e 70. A primeira música, por exemplo, parece prima daquela The more I see you ou da Call me (Chriz Montez). Outras são eletrônicas, mas com toques de pop e rock. Acho que ele vai gostar.
01.Broadcast - Before we begin
02.Julieta Venegas - Lento
03.Foo Fighters - Walking after you
04.Stereolab - Lo boob oscilator
05.Coldplay - God put a smile upon your face
06.Lodger - I love death
07.Basement Jaxx - Do your thing
08.U.N.K.L.E. - Be there (com letra)
09.U2 - Please
10.Smoke City - Flying Away
11.Red hot chili peppers - My friends
12.Simply Red - Wonderland
13.Hole - Malibu
14.Liz Phair - Rocket boy
15.Propellerheads - History repeating
16.Raveonettes - Untamed girls
17.Savage garden - I want you
18.Dressy Bessy - Just like Henry
19.Morcheeba - Trigger Hippie
20.Nelly Furtado - Saturdays
É uma lista predominantemente mellow. Coloquei coisas raras de grupos que ele já conhecia para amenizar o tamanho da novidade. Muitos dos grupos que ele não conhece trabalham com influências dos anos 60 e 70. A primeira música, por exemplo, parece prima daquela The more I see you ou da Call me (Chriz Montez). Outras são eletrônicas, mas com toques de pop e rock. Acho que ele vai gostar.
4.8.04
3.8.04
É o fim
Procurem o U.D.R. aqui na Trama. Um achado do Allan Sieber d'après Schiavon.
E ouçam o Bonde da Depressão. É uma cruza de Tati Quebra-Barraco com Portishead. E isso não é nada: preste atenção no refrão, xerocado do tema de um certo filme do Darren Aronofsky...
Também podem arriscar a Dança do Pentagrama Invertido (parece funk carioca misturado com Zumbi do Mato e um toque de Peaches) ou o Bonde de Jesus (iconoclasta até dizer chega. Skylab perde). Também lembra muito Apavoramento Sound System.
PS: não é para pessoas sensíveis. Não mesmo.
Procurem o U.D.R. aqui na Trama. Um achado do Allan Sieber d'après Schiavon.
E ouçam o Bonde da Depressão. É uma cruza de Tati Quebra-Barraco com Portishead. E isso não é nada: preste atenção no refrão, xerocado do tema de um certo filme do Darren Aronofsky...
Também podem arriscar a Dança do Pentagrama Invertido (parece funk carioca misturado com Zumbi do Mato e um toque de Peaches) ou o Bonde de Jesus (iconoclasta até dizer chega. Skylab perde). Também lembra muito Apavoramento Sound System.
PS: não é para pessoas sensíveis. Não mesmo.
2.8.04
Músicas horríveis
...she works hard for the money...
...working nine to five, whatta way to make a livin'...
Não esperem, assim, muitos posts por agora. Sou uma workaholic ("primeiro vou terminar essa tabela..."). Descobri hoje.
Am. Não se desesperem, isso não quer dizer que me aburguesei de vez e abandonei a literatura. Praticamente terminei o livro, coincidentemente pouco antes de começar o estágio. Mas ainda acho que ele precisa de mais alguma coisa, além dos habituais ajustes chatinhos. Mandei ao meu avaliador pessoal para ele dar uns pitacos. Depois de ouvi-los, ruminarei maneiras de melhorar o texto e de imbricar o drama bem imbricadinho. Só vou entregar ele à editora lá por dezembro.
O No Shopping tomou jeito enquanto eu fazia pré-vestibular e Santo Inácio ao mesmo tempo. Tempo não é problema, ou talvez seja, quando em excesso.
...she works hard for the money...
...working nine to five, whatta way to make a livin'...
Não esperem, assim, muitos posts por agora. Sou uma workaholic ("primeiro vou terminar essa tabela..."). Descobri hoje.
Am. Não se desesperem, isso não quer dizer que me aburguesei de vez e abandonei a literatura. Praticamente terminei o livro, coincidentemente pouco antes de começar o estágio. Mas ainda acho que ele precisa de mais alguma coisa, além dos habituais ajustes chatinhos. Mandei ao meu avaliador pessoal para ele dar uns pitacos. Depois de ouvi-los, ruminarei maneiras de melhorar o texto e de imbricar o drama bem imbricadinho. Só vou entregar ele à editora lá por dezembro.
O No Shopping tomou jeito enquanto eu fazia pré-vestibular e Santo Inácio ao mesmo tempo. Tempo não é problema, ou talvez seja, quando em excesso.
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