27.8.06
Eu também escutava Outhouse (do mesmo Nathan Fake). Outhouse me transportava (mentalmente) para uma rua tijucana interna, esquecida, ainda com casas antigas e um tanto sombrias, no final de uma tarde nublada (dull) de julho, adivinhando assombrações por trás daquelas trepadeiras folhosas. A mesma sensação que tenho ao me embrenhar pela General Glicério, nas Laranjeiras, mas ainda mais remota. A rua por que ninguém passa. É uma sensação de passado, mas não de passado nostálgico. Uma sensação de passado presente. O avanço no espaço que fosse um recuo no tempo. Como se eu estivesse entrando num local onde a divisória entre sonho e realidade não é tão clara. E eu estivesse prestes a, prestes a... descobrir... algo. É uma espécie de paranóia clariceana e estou certa de que deve haver um nome de catálogo para esta doença. De qualquer modo é incrível como músicas e lugares podem ser tão evocativos.