16.8.09

comendo pelas beiradas

Não sou boa em arrebanhar seguidores - pessoas que se amarrem na minha personalidade e experiências. Acho mala ficar realçando tudo o que se fez, ou é capaz de fazer, de bom na vida. Respeito quem o faz de forma elegante, mas para mim a vida não é um processo seletivo... peraí, a vida é um processo seletivo, mas eu não quero trabalhar com qualquer empresa.
Sendo mais específica: não quero despertar o interesse de qualquer empresa. Então me camuflo.
Muitas vezes sou hermética demais; este blog é um tanto chato. Mas todos os movimentos são friamente calculados. Faz parte da minha personalidade, mas não nativamente; é como uma camada extra, um véu. As cores - as cores, as cores - estão por baixo disso tudo. Se eu gostar de você eu vou deixar você ver. Mas não vou mostrá-las para qualquer um.
Adoro acepção de pessoas.
A acepção de pessoas já me feriu muito até eu perceber que eu não queria mesmo estar perto das pessoas que me repeliam e que, pasme, elas estavam certas; aí comecei a adotá-la. Estou falando, é claro, do pré-escolar até, sei lá, sexta série, quando comecei a relaxar.
O que sei é que, com isso, tudo para mim demora mais. Aparecer, fazer amigos, avançar na carreira, achar determinadas agruras da vida aceitáveis. Por outro lado, acho que a qualidade de tudo o que acabo obtendo é muito superior à de quem investe em quantidade ou velocidade.