20.8.03

Bum!

Esse blog acabou de explodir. Estou cansada de ficar purgando meus pecados aqui feito uma alma penada. Só falta martelar o teclado, e nada desses caracteres malucos sumirem... nem da imagem aparecer. E também, sem comments!
Mas calma, meus 17 leitores. Vou continuar a escrever no blogger.com.br, por favor se redirecionem pra lá. O novo endereço é simonecampos.blogger.com.br.
Aos poucos vou mexer no blog novo pra ele ficar bonitinho.

18.8.03

Resenha dos professores (at? agora)

Deixei de ir a aula do sr. D. por um bom motivo, mas perdi um momento memorável.
Enquanto explicava a matéria, ele faz a pergunta fatídica:
- Afinal, vocês sabem qual a minha fama, né?
Constrangimento generalizado. Ninguém tinha coragem de replicar, "velho tarado que abusa das calouras", muito menos "recordista de processos de assédio sexual".
Ele ainda esperava a resposta. Aí, completou: "sou muito rigoroso com as faltas!".
Ah, bom...
O Ref deixou crescer a barba e botou uma blusa de lã em cima da camisa social. Virou poser da própria profissão (professor universitário).
O'Neill = Fragozo
Já o Fragozo é a cara (cuspida e escarrada) do sr. O'Neill de Daria. Também tem o mesmo temperamento e a mesma roupa. Também esquece nossos nomes. E também é um nice guy total.
Cheire meu cabelo e vomite

Foi o primeiro pensamento de hoje. Ontem saí pra dançar no 00 e voltei cedinho (porque termina cedinho). Não sei porque, o cheiro de cigarro que pegou em mim estava pior do que nunca. A roupa, enfiei no cesto. Claro que não pude fazer o mesmo com o cabelo, e nem mesmo lavá-lo, primeiro porque eu ia dormir em cima dele, e segundo que eu já tinha lavado na manhã anterior. Pois caí na cama assim mesmo e dormi até a hora da aula. Tive que ir ainda com o cabelo fedido. E dessa vez, pasme! - teve aula! Me surpreendeu. Na volta, claro, me despedi definitivamente da nojenta lembrancinha olfativa do 00.

17.8.03

Meu log atemporal do ICQ

Tudo bem, sou um fóton. Definitivamente sou um fóton. O tempo é uma ilusão, diz o cara de Waking Life. O lance é que a conversa abaixo seria meio desinteressante não fosse a salada temporal envolvida nela. Isso não é ficção, aconteceu mesmo.
Dei várias olhadas pro relógio que fica no canto do computador e ele continuava marcando o mesmo minuto por um tempo que parecia anormalmente longo. Aí, resolvi perguntar pro JP que horas eram, pra sanar minha dúvida: será que o relógio do meu computador parou? Depois que eu perguntei, o tempo começou a andar de novo. E de repente voltou pra 01:51, e aí começou a andar normalmente de novo, tanto que o log do ICQ acompanhou. O pior é que o JP mal me respondeu durante a minha torturante sessão temporal, me deixando ainda mais na dúvida: será que eu entrei num buraco de minhoca particular, à la Donnie Darko (que aliás está legendadinho no E-Donkey pra quem quiser pegar)?
Yikes!
Com vocês, os fatos. O que está em negrito (ou "verdito") é o que eu escrevi "depois", mas saiu "antes"... ah, sei lá, foda-se o tempo...

JP 01:48 voltei!

eu 01:48 q horas sao?

JP 01:49 dez pras duas

eu 01:49 entao ta certo...

JP 01:49 o q?

eu 01:50 o relogio do computador!

**eu 01:50 Q HORAS SAO AGORA PORRA!

JP 01:50 moça sem noçao (do tempo)!

eu 01:51 e q parecia q o relogio tinha parado, sei la!

JP 01:51 moça parada no tempo!

**eu 01:51 nao e possivel! acabei de olhar, eram 1:53! agora
sao 1:50 de novo! q porra e essa?


eu 01:52 estou na velocidade da luz! socorro!

**eu 01:52 q q ta acontecendo? socorro!

**JP 01:52 aquela hora q eu te falei dez pras duas eu
arredondei!
eram 1:49!


JP 01:52 claro, vc é um fóton, ora!

eu 01:53 sou um foton! verdade!

JP 01:53 tchau de novo!

eu 01:53 vai mimir? (aí, volte para o Q HORAS SAO AGORA PORRA lá em cima)

**eu 01:54 mas aqui tb era 1:49!
e eu tinha olhado ha um tempo atras e eram 1:53!
ai eu olhei de novo e tinha voltado pra 1:50!
tanto q o LOG do icq ta com discrepancia
temporal!
o "Q PORRA E ESSA" saiu ANTES do "vai mimir?"


**eu 01:54 agora sao 1:53!

**eu 01:55 como vc explica isso?????

15.8.03

Testezinhos bobos

Finalmente achei um teste que vale a pena colocar aqui. "Qual partícula fundamental você é?". Não é esnobismo, é que as perguntas são muito boas e realmente demandam que o Tico e o Teco troquem uma idéia... Eu sou um Fóton.


Qual
Partícula Fundamental você é?
Alison Goldfrapp - Utopia (Plaid Mix)

Reptar.
Quero escrever sobre escrever hoje.
Eu quero soltar esse livro por aí, mas ele não está pronto! Não posso...
Às vezes acho tudo horrível e quero apertar CTRL+T+DEL+disquetinho de salvar. Uma catarse informática. Mas isso aconteceu no No Shopping também. São os momentos de insanidade. Sei que estou fazendo o melhor que posso ou até melhor do que posso. Aquela história de se superar, conceito engraçado, porque seria como se sua alma ganhasse do seu corpo no photochart (sabe quando um cavalo ganha do outro porque estica o focinho, então...). Me lembra aquele Animatrix, "O recorde mundial", em que o atleta "se supera" e vislumbra a irrealidade da Matrix...
Ontem dei aquelas mexidas no texto, mexidas insignificantes mas fundamentais. E teve a fase em que o No Shopping passou por isso... Faltava escrever umas poucas cenas também, mas elas surgiam conforme eu dava essas peneiradas. Dessa vez também tem o roteiro pra ajudar a mapear a evolução dos personagens (que evoluem mais linearmente dessa vez... primeiro o Francisco tenta entender a ML nos termos que ela mesma entende, depois cria seus próprios termos... depois descobre, bem, não vou estragar a surpresa). Os meus próprios insights sobre os personagens vão pra boca deles, no último não havia muito propósito para isso, mas nesse tem. E fica até parecendo que estou dando lição de moral, às vezes, como se estivesse defendendo aquilo em que acredito... pois em algumas afirmações eu acredito, outras não. Parece "Assim falou Zaratustra" às vezes. Mas eu sabia que esse livro ia ter um pouquinho de Nietzsche... de certa forma ele até faz uma aparição especial não-creditada...
As peneiradas, vou chamar assim, são demoradas. Não sei quanto. Até eu achar que está bom. Dezembro? Maio do ano que vem? Paciência é tudo...
(Poxa, eu só poderia amar um homem que tivesse um CD com "In my eyes" do Stevie B e gostasse apesar de achar cafona. Quer dizer, é uma das condições. E o JP tem.)
Estancalagna

Escrevi ontem de novo até às 5 da manhã. Preciso parar com isso. As minhas aulas vão voltar de verdade agora. Se tivessem voltado mesmo na semana passada, mesmo que só um pouquinho, eu teria mantido a sanidade horária. Ou não, porcausadecoisasquemetiraramosono. (E por causa delas comecei a olhar apartamento de novo. Quitinetes de vinte mil.)
Também estou sem saco de aturar grupões, meus amigos e conhecidos que me desculpem, hoje vou sair com JP. É esse clima de hoje, parece que estanqueia, alaga, estagna a gente.
Nina

Nina
Ai que lindo

Provocar Sin. Excitar, incitar, estimular. Irritar, exaltar, assanhar, exasperar. Desafiar, reptar; insultar, injuriar. Atrair, chamar sobre si: Provocar a ira divina.
Espicaçado Sin. Ferido, picado (com instrumento pontudo). Torturado, pungido, magoado. Estimulado, incitado.
Viva meu dicionário de sinônimos. Ele é lindo. Poesia de hinos e cânticos. Acho que vou usar o verbo espicaçar, mesmo. Porque é lindo.

14.8.03

Roteirizando

Assim como traduzir não é a mesma coisa que legendar, escrever roteiro é diferente de escrever livros. Tenho uma percepção incomum do que funciona bem num livro e do que funciona num roteiro. Não sei se já disse, mas pretendo filmar o livro novo, o "A feia noite", porque ao contrário do "No Shopping", ele é bem cinematográfico... Já tenho até um candidato a diretor, o cara que está adaptando "Crime e Castigo" (que vai se chamar "Nina" e o Raskolnikov é a Guta Stresser! Achei isso foda.). Quando terminar e registrar o bichinho, mando o roteiro pra ele. Estou até suspeitando que escrever esse roteiro vai me ajudar a escrever o livro...
Então, nas três cenas que escrevi ontem, existem diferenças em relação ao que acontece no livro. Uma das cenas é a primeiríssima do filme, diferente da primeira do livro, com a mulher de Francisco, Amanda (que provavelmente nem vai aparecer no filme). O filme começa nos anos 80, contando a história dos pais de ML... ou melhor, como ela foi concebida. Aí é que entra o Francisco (no filme) e depois é que ele encontra a ML.
Outra diferença é que o stalker da Maria Luiza não a encontra pela segunda vez, quando ela tem 12 anos, numa praia, como no livro, mas numa boate estilo Mikonos ou Vogue, ao som de... Stevie B! Quem tem lido meus posts percebeu como cheguei a essa idéia, né? Porém, acho que não funcionaria no livro. Vai ficar só no roteiro mesmo. E as poucas músicas que existirão no roteiro, vou tentar manter no baixo custo... Stevie B pode ser substituído por Latino, porque não? E também pode entrar Chopin (Nocturne opus 9 número 2), talvez Satie... (huahuahua... tudo farinha do mesmo saco, né?).
Vamos ver se isso sai ou não.

13.8.03

A voz do morro

Ah, mas esses funkeiros de hoje cantam mal. Quer dizer, berram, desafinam, rouqueiam a voz e terminam os verbos num infinitivo sem erre... concordância zero.
Mas cê acha que esses cara que consegue fazer música tem instrução nenhuma não? Ou não tem ninguém tipo assim, um revisor, professô de canto ou coisa que o valha que pudesse contratá? E os funks mais antigos, dos anos 90, tinham muito menos erros, se você for reparar.
Sei não. Me cheira a estilo.
Os Bee Gees cantavam em falsete, Renato Russo fazia voz grossa, os rappers americanos fazem voz de cafetão-barítono. E todo cantor de house tem a voz meio enjoada, se é que vocês me entendem. E toda cantora de house canta daquele jeitinho, sabe, que o gogó treme...
E tudo bem, não tô falando que é ruim. Estou dizendo que os funkeiros aqui do Rio encontraram uma forma pro seu conteúdo. A voz deles também grita, mesmo que saibam falar "certo" (ou seja, que nem no asfalto): é assim que o cara médio do morro fala, morou? É assim que a gente se expressa... É assim que a gente seduz, é assim que a gente faz graça... e se não gostou que se foda. Cantar assim é uma agressão ao "nosso" "bom gosto", de propósito. Estamos ambos blefando; mas os tolos metidos a moralistas protestam, pondo mais lenha na fogueira que querem extinguir.
Cantam roucos, estourando os canais, distorcendo. As vozes que embalam as letras já pornográficas demonstram uma espécie de sexualidade mais animal que a do asfalto (tipo, "aqui o negócio não é usar chicote nem comer merda, é "tira bota bota e tira"...), enquanto os bacanas fingem que são Primeiro Mundo e que sexo comum está fora de moda.
E as mulheres, como se sabe, não conquistaram nada nessa. Continuam objetos sexuais. Ou é mais profundo que isso. A garra da pobreza machista ainda é forte o suficiente pra puxá-las de volta, por mais longe que tentem ir. Tive uma amiga que morava lá depois de Bonsucesso, acho que num rincão de Del Castilho, perto, evidentemente, dos bailes. Gostava de rock, cortava o cabelo curto, ia fazer estágio num curso de computação. Mas a atração do abismo acabou pegando ela. Juntou com um cara, morando também com a sogra, pegou um filho aos 19 anos, perdeu. Depois não soube mais dela. Troço naturalista. Triste.

11.8.03

Insaciável!!!

Mais música horrível! Freestyle que você ouvia na Mikonos e na Vogue...
Freestyle - Don't stop the rock
Lil suzy - Take me in your arms
NV - Just like the wind
Trinere - They're playing our song
Buffy - Give me a reason
Noel - Silent morning
Stevie B - Spring love
Stevie B - I'll be loving you
Tudo do Information Society...
E Connie - Funky little beat (bem, essa é uma preferência pessoal. É um freestyle diet.).
De qualquer modo, creio no que dizem os adeptos do funk: que daqui a alguns anos, ele vai ganhar o status do samba (assim como nos anos 20 samba era "música de crioulo"...). Em 2020 vão reverenciar "Feira de Acari" e "Rap do Silva" como funk de raiz... diferentes da "Egüinha pocotó" e do "Vai Serginho", aquelas corrupções... E samba também tem letra tosca sim, nada mais infame que "faixa amarela com o nome dela na porta da favela"... (acho que é assim).
Aliás, como é que quem gosta realmente do chamado eletro pode deixar de gostar de freestyle...? É impossível, os elementos da tosqueira estão bem presentes em ambos, as batidas foscas, os vocais pobres, as letras "poderosas", o ritmo dançante (se bem que eletro é pulante e freestyle, saracoteante, mas dá no mesmo numa boate)... Exceto se o amante de eletro em questão for, ops, teleguiado pela moda. Então tá.

10.8.03

Tabus

Fui almoçar com meu avô paterno, 91 anos. Meu pai, como sempre, me chamou com antecedência e listou os assuntos proibidos:
1-que eu estava morando com ele
2-que ele tinha carro
3-a morte do Roberto Marinho.
E me vesti numa roupa muito bonitinha e lisinha cheia de babados e não muito transparente, e fui sentando. O restaurante preferido do meu avô, com excesso de mesas, e naquele momento com um burburinho insuportável.
Pediram um bacalhau a não sei o quê, mas era uma coisa de quatro sílabas, tipo "bo-lo-nhe-sa", o que rendeu um verdadeiro debate sobre se a receita vinha de Portugal (donde seria o nome duma bela cachopa, ou duma imigrante russa) ou de alguma região da Itália (assim como bo-lo-nhe-sa vem de Bolonha).
O bacalhau à não-sei-quê, explicou minha vódrasta com orgulho, não existe no cardápio. É preciso pedir especialmente ao maître. Mesmo assim, só um dos maîtres conhecia o prato - o mais antigo, amigo do meu avô. Na vida real também existem "easter eggs" e "locked features" e "hidden characters" - basta apertar os botões das pessoas numa determinada série, durante um certo tempo. Interessante.
Tive que fingir uma alergia pra minha vódrasta fazer meu avô apagar o cigarro. Tivemos que fingir que estávamos comendo pro meu avô comer mais, "nos acompanhando". Tínhamos que dar umas risadinhas chochas quando ele queria pedir o prato pela quarta vez. Tivemos que mudar de assunto algumas vezes por causa do meu avô. É difícil selecionar frivolidades.
De vez em quanto eu gosto de desafios, mesmo os burgueses. Me comportei direitinho, estou orgulhosa.
"Cartas deletadas"???

Depois do almoço com meu avô (que vou contar em seguida), olhei uma chamada do Caderno B (Jornal do Brasil) que dizia algo sobre escritores não trocarem mais cartas e sim e-mails. Prometi a mim mesma não esquecer (pois sempre esqueço) e fui olhar no JB Online.
Pronto, começou chamando o novo hábito de "comodismo digital". Que gracinha. Título: "cartas deletadas". Como se papel também não se perdesse. De quem que é a reportagem? Rodrigo Fonseca. Não leio o JB com freqüência, mas esse cara tem problemas. Sempre que leio algo de lá e penso, "quem escreveu essa mierda?", não dá outra: é ele. Se não me engano, ele também escreve algumas críticas de cinema. É um cara meio radical, sabe, daqueles que têm excesso de pêlos na cara durante a faculdade, e muito freqüentemente fumam? E quer posar de vanguarda, mas no fundo é um puta dum conservador? Então.
A coisa das cartas digitais é muito mais complexa. Quantas cartas de papel não foram deletadas também? Deletadas, aliás, neologismo muito bem-vindo, vindo de delere, não sei porque não havia antes - mas fazia falta. O verbo "deletar" chegou pra preencher um assento vazio já reservado a ele.
Mas sim, eu guardo as cartas digitais e as de papel. Tem gente que não tem disciplina ou vontade pra guardar nada, e aí não tem meio que segure suas mensagens... por muito tempo. Claro que de vez em quando acontece um acidente, mas compara as chances da empregada jogar no lixo, a traça traçar, pegar fogo ou perder na mudança (o papel) com as chances de perder tudo num apagão, vírus ou HD broxa (o digital). São equivalentes.
Quanto à parte do novo estilo, não foram fundo o suficiente. Ou melhor, fundo nas críticas e rasos nas benesses. Eu peguei a transição. Vivi 1992. Tive uma pen-pal (por um curto período de tempo) e hoje troco e-mails.
Classificar as mensagens, por exemplo. Adicionar o que esqueceu, em Post-scripts seqüenciais. Anexos plásticos, obras-primas de Paint e Photoshop, e fotos. Aproveitar-se da pequenez da mensagem pra escrever pequenas jóias crípticas. Pequenos poemas concretos. Charadas. Aproveitar-se poeticamente dos meios, e de sua abrangência, pra mandar mensagens que só certas pessoas entenderão completamente, ou do jeito certo. É quase uma nova forma de arte.
Cheguem ao fundo, gente, pois só então a superfície fará sentido...

9.8.03

Músicas horríveis

"Ich bin die fesche Lola". Estava procurando essa música onde a Marlene Dietrich rimava Lôla com pianôla. Procurei pela letra no Google (lola +pianola +marlene) e achei uma tradução pro inglês que prova que o "Tchan" não inventou as músicas idiotinhas de duplo sentido. Mais ou menos assim: sou a Lola, todos me conhecem, mas ninguém põe a mão na minha pianola...
Outra música velha que gosto é aquela "Rumba azul" que o Caetano Veloso canta, mas eu abomino a versão dele, que infelizmente é a única do Kazaa. Vou pesquisar mais.
E um cara chamado Frankie Lymon, nome artístico horrível provavelmente inventado pelo mesmo empresário daquele Kim Carnes, canta uma música igualmente horrível com dezenove nãos: "no, no, no, no, no, no, no, no, no, no, no, no, no, no, no, no, no, no, no, I'm not a juvenile delinquent".
Pra quem quiser pegar, o nome é "I'm not a juvenile delinquent".

7.8.03

Ah...

E o Roberto Marinho morreu. Será verdade?
Throttling my bandwidth

Vocês, que usam E-Donkey e Velox, sabem que de vez em quando aparece aquele "Firewalled" naquele espacinho lá de baixo... Mas que firewall é essa se a minha já está configurada pra aceitar o burrinho?
É a Velox. Usa um programinha que acho que se chama "Transparent Proxy Server". Não aparece em nenhum lugar. Daí, você fica sem poder pegar os arquivos que você quer. Conseqüentemente, você nunca vai atingir os tais 24 kbps que a Velox promete (e pelos quais você teoricamente está pagando).
Aposto que se você ligar pra lá, eles vão dizer que é por segurança. Mas não sei porquê, a firewall só funciona pros programas peer-to-peer, quando certos sites na rede são muito mais inseguros... vide o probleminha que eu tive. É que um site quase nunca vai pedir os 24 kbps da Velox.
Aliás, mesmo quando aparece "Open" em vez de "Firewalled" no E-Donkey, parece que quando o programa está prestes a desenvolver plena velocidade, a conexão "cai" (como num IG fuleiro) e aparece o avisinho: "o servidor cancelou a conexão"!
Ou seja: em vez de "reservar" 24 kbps pra cada usuário pagante, eles racionam sua conta sem você saber! Não é sacanagem?
Sim, a rede peer-to-peer deve chupar a banda da Velox. Até entendo. Mas estou pagando, poxa! E muito!
Como se não bastasse a venda casada que eles já fazem, que é uma vergonha (você não pode comprar o modem, só alugar... e tome mais 20 pilas por mês). Só querem lucro e lucro e lucro...
Mas fodam-se. Descobri um jeito, meio amadorístico, de dar a volta nessa firewall intrometida. É só ligar o E-Donkey, esperar aparecer Firewalled lá embaixo, e ir em "Options", depois em "Network", e mudar a porta de 4661 pra 80. Daqui a pouco aparece "Open" lá embaixo. Pronto. Agora você vai ver o que é o E-Donkey. Da próxima vez, mude de 80 pra 4661 e vice-versa, porque o programa deles é burro.
Mas os malditos não poderiam deixar isso barato. Da próxima vez que você conecta, a página de autenticação (onde você põe usuário e senha do provedor) está lerdíssima. Quando você finalmente consegue conectar, tudo baixa len-ta-men-te...
Então, o que você faz? Com o computador ligado, desplugue o modem e ligue-o de novo. Enquanto o modem reinicia (demora mais ou menos 1 minuto), pegue o cd de instalação da Velox e reinstale o programinha. Quando ele pedir pra reiniciar, reinicie. Pronto. Seu (sua?) Velox voltou ao normal.
Bom, tudo que eu fiz aqui foi por tentativa e erro. Não me responsabilizo se der errado na sua máquina etc. etc. Provavelmente devo ter falado alguma besteira também. Mas sempre falo...

6.8.03

Estas férias estão muito contraditórias

Eu mandei um único currículo na vida, em janeiro. Me responderam agora. É pra trabalhar no que eu quero, numa editora, traduzindo. Só que a editora é de... livros evangélicos! Muito interessante. Nada contra. Mas que é uma das ironias do destino que a resposta venha agora, isso é.
E o Lula, minha gente

Ninguém tem coragem de falar mal, realmente, deste senhor; de dizer em público que não gosta mais dele. Mas as pesquisas mostram que sua aprovação popular, puf, despencou. As pessoas são egoístas e falsas, e sua falsidade encobre o egoísmo; assim, "porque mexeu no meu, não gosto mais dele". Mas no fundo sabem que ele fez a coisa certa.
Eu acho que ele está fazendo as coisas certas. Talvez precisássemos esperar por um presidente único, com altíssima aprovação popular, pra conseguir passar pelo aro de fogo das reformas. Como numa fase de Tomb Raider Chronicles em que você tem que usar um medkit pra ficar com a saúde no máximo pra poder atravessar um corredor em chamas e apagar a si mesma numa piscina... ah, deixa pra lá.
O importante é que o Lula é estratégico. Ele sabe gastar sua munição na hora certa. Assim, por que as reformas que atingem mais o povo primeiro? Por que não uma campanha anti-corrupção antes de tudo? Oras, ele não pode acabar com a mamata dos senhores congressistas já-já porque são eles que votam as reformas... Senão nada mais passa, nunca, jamais, em tempo algum. Não haveria nenhuma "verbinha amigável pros meus correligionários" que desse jeito... E o Lula estaria pavimentando seu caminho prum golpe (dele, ou de outro) e o nosso, pro abismo que muito bem conhecemos.
Acho que a gente não entende de política... escolada nas metáforas (ou "meta foras") do Lula, posso dizer que a política é como um jogo de varetas... se tirar uma na hora errada, ou sem delicadeza na ponta dos dedos, desaba tudo e game over.
A Turma da Mônica como um sistema político

Cebolinha: louco pra dar um coup d'état. Terrorista ocasional. Obcecado pelo poder.
Cascão: testa-de-ferro, parte de cima do disfarce e braço direito do Cebolinha. Faz o serviço sujo, e bota sujo nisso.
Magali: alienada social. Maria Antonieta. "Se não têm pão, que comam brioches".
Mônica: ditadora involuntária. Mas já que os outros a apontam como detentora do poder, quer mantê-lo.
Franjinha: cientista que fornece os insumos terroristas ao Cebolinha.
Zé Luís: veterano da resistência, tendo participado de milhares de tentativas de golpe.
Titi: ensaio de casanova dividido entre o dever patriótico e a paixão (pela Aninha e etc.).
Carminha Frufru: cortesã.
Xaveco: primeiro a morrer no filme.

4.8.03

Trauma

Sendo meu último mês de NET, estou me empenhando em gravar os últimos poucos filmes bons que passam nos Telecines. Ouvi falar bem daquele "Trauma" do Dario Argento, e inadvertidamente gravei e assisti...
A primeira coisa que notei foi a exploração que o diretor fazia da, naquela época, filhinha (a Asia Argento, conhecem? Dirigiu e atuou num filme foda, "A virgem escarlate", se não me engano. Meio inspirado na vida dela, muito doido. E vendo o "Trauma" você quase entende porque a garota ficou all fucked up. Porra, a cena final, dos créditos, é meio revoltante. O cara pôs a filha pra dançar ao som de um reggae aí, de short de lycra, e depois um ventilador na cara e uma iluminação alaranjada e close nela. Fora mostrar os peitos dela, isso durante o filme, totalmente sem necessidade. Parecia coisa do Facó... que nem todo mundo sabe quem é.).
Depois percebi que já tinha assistido aquela grande porcaria em vídeo, na casa de uma amiga... filme trash relativamente recente, coisa rara. Putz.
Imagine só. O assassino (meu Deus; é um filme de... de terror!) primeiro dá uma machadada e depois decapita as vítimas com uma maquininha estranha. Mas um dos infelizes usava uma correntinha, que trava a maquininha. Daí o assassino arrasta o cara até o elevador (daqueles antigos) e... chama o elevador, que decapita o cara. E aí, o que acontece?
A CABEÇA DO CARA CAI PELO POÇO DO ELEVADOR, GRITANDO: AAAAAAHHH!!! (É, sem as cordas vocais, que ficaram lá em cima.)
Fora a punhetice de botar um repórter pegando uma menina de 16 anos. Que come e vomita, donde um "gênio" conclui que... ELA É ANORÉXICA!!! Ora, anoréxicos não comem nada. Bulímicos é que comem demais e vomitam. O pior é que parte do drama do filme é baseado em ela ser "anoréxica" e nos estereótipos psicológicos da doença (é que ela não quer dar pro cara, o repórter gostosão; logo, ela "tem medo do sexo").
E a cena do hospício, em que a minha ex-professora de geografia (tá bom, não é ela, mas parece) fica gritando "you did it you did it you did it."
Esse mês não vai passar mais. Mas é um filme ruim que vale a pena ver, então queira ir até a videolocadora e alugá-lo.

2.8.03

A lua está crescente ou minguante?

Estou sentindo minha vida ficar espessa. Leader Magazine. Viagem de Chihiro. Filipetas. Encontros casuais. Muitos. Gente agindo estranho. Empregos estranhos. Conversas estranhas. Sonhos estranhos. Tempos estranhos.
Alguma coisa vai acontecer no mundo. Digo, em algum tempo. E vai ser menos um tiro que uma punhalada.
Spreeeeeeee

É quase horrorizante, exceto porque eu fui a vítima: minha mãe gastou 200 reais comigo hoje. Fora o almoço.