15.8.03

Alison Goldfrapp - Utopia (Plaid Mix)

Reptar.
Quero escrever sobre escrever hoje.
Eu quero soltar esse livro por aí, mas ele não está pronto! Não posso...
Às vezes acho tudo horrível e quero apertar CTRL+T+DEL+disquetinho de salvar. Uma catarse informática. Mas isso aconteceu no No Shopping também. São os momentos de insanidade. Sei que estou fazendo o melhor que posso ou até melhor do que posso. Aquela história de se superar, conceito engraçado, porque seria como se sua alma ganhasse do seu corpo no photochart (sabe quando um cavalo ganha do outro porque estica o focinho, então...). Me lembra aquele Animatrix, "O recorde mundial", em que o atleta "se supera" e vislumbra a irrealidade da Matrix...
Ontem dei aquelas mexidas no texto, mexidas insignificantes mas fundamentais. E teve a fase em que o No Shopping passou por isso... Faltava escrever umas poucas cenas também, mas elas surgiam conforme eu dava essas peneiradas. Dessa vez também tem o roteiro pra ajudar a mapear a evolução dos personagens (que evoluem mais linearmente dessa vez... primeiro o Francisco tenta entender a ML nos termos que ela mesma entende, depois cria seus próprios termos... depois descobre, bem, não vou estragar a surpresa). Os meus próprios insights sobre os personagens vão pra boca deles, no último não havia muito propósito para isso, mas nesse tem. E fica até parecendo que estou dando lição de moral, às vezes, como se estivesse defendendo aquilo em que acredito... pois em algumas afirmações eu acredito, outras não. Parece "Assim falou Zaratustra" às vezes. Mas eu sabia que esse livro ia ter um pouquinho de Nietzsche... de certa forma ele até faz uma aparição especial não-creditada...
As peneiradas, vou chamar assim, são demoradas. Não sei quanto. Até eu achar que está bom. Dezembro? Maio do ano que vem? Paciência é tudo...
(Poxa, eu só poderia amar um homem que tivesse um CD com "In my eyes" do Stevie B e gostasse apesar de achar cafona. Quer dizer, é uma das condições. E o JP tem.)