Dois drops
- O Coisas frágeis, do Neil Gaiman, foi lido em 24 horas aqui em casa. Por duas pessoas.
O Gaiman é um imitador -- você vai identificar nos textos elementos de outros autores (Lovecraft, Roald Dahl) misturados às obsessões dele próprio, que vão de cistos na cara a coisas abstratas antropomorfizadas, e que você descobre lendo as outras coisas dele. Mas a forma dahliana como ele perverte a literatura infantil inglesa em O problema de Susan me pareceu simplesmente genial. Outros contos que valem muito a pena são Lembranças e tesouros e Os fatos no caso da partida da senhorita Finch. Talvez não coincidentemente, contos em que o autor abandona um pouco a fofice e a espoletice adolescente que permeiam bastante da sua obra. Mais ou menos como se a Mallu Magalhães resolvesse fazer um cover do Slayer.
Ah, o casal que aparece no conto da srta. Finch existe de verdade. É aquele que se casa no Japanorama.
- Words of tranquility, do Koop, me lembra Beowulf. Pior que só vi o filme, mas fui ver com alguém que tinha lido o livro. Minha desculpa atual é que prefiro ler Beowulf no original e, para isso, preciso aprender inglês arcaico.