16.1.09

Tentando achar meu próprio perfil num desses sites de relacionamento para dar a uma amiga, dei de cara com essa entrevista dada nos idos de 2007 e publicada ontem (com uma foto de 2008) no Portal Literal.
Eu estava meio sem noção nessa época. Extremamente sincera.

Trechinhos:

"O Jornalismo contribuiu porque foi um curso tão, mas tão picareta, que jamais atrapalhou os meus estudos. Em Produção Editorial eu senti que realmente aprendi alguma coisa; agora penso no livro também como objeto vendável e estético, me interesso por diagramação, capas bem-cuidadas, políticas de fomento à leitura, questões de distribuição etc. Não sou mais alienada, que droga."

"Aos sete anos, li os romances de banca que minha mãe lia. Achei-os muito ruins e decidi escrever um melhor. Não queria que a minha mãe lesse aquela porcaria, queria que ela lesse coisas boas (e era convencida o suficiente para acreditar que conseguiria fazer melhor)."

"Mas há pessoas por aí que valem a pena, com as quais pretendo me comunicar. Não são as pessoas mais afáveis, nem são as que entram em contato, nem as que me elogiam e recomendam. O livro é como se fosse um bilhete secreto para elas – um que não precisa ser respondido, mas é muito bem-vindo. É uma confirmação de que não estamos sozinhos. É também um leve peteleco evolutivo, um instrumento para pensar e acelerar coisas que acontecem e estão prestes a acontecer."

"Há sim certo fio condutor perpassando tudo até agora: a maldade."

"E não saia mandando originais não-solicitados às pessoas: escritores, editores, o que seja. Não seja um operador de telemarketing."