Detesto autobiografia, apesar de todo resenhista enxergar "traços autobiográficos" no meu trabalho. Minhas últimas personagens femininas foram uma patricinha, uma lésbica e uma prostituta. Minha personalidade é um Frankenstein. Minha experiência pessoal provém de vidas passadas.
Tenho 24 anos, cacete. Não dá tempo. Pela lâmina de Ockham, é tão difícil assim admitir alguma dose de imaginação?
Mas a lâmina não funciona. Alguém escreveu em 2000 que "a nova geração veio dos blogs com sua escrita autobiográfica". Mesmo que você tenha ido para os blogs e não vindo deles, mesmo que você tenha orgulho de nenhuma linha dos seus livros ter qualquer ligação com o real, não adianta: enxergarão o chifre em sua cabeça de egüinha pocotó.
E vão querer publicar fotos suas em plano americano.
Odeio o pecado, não o pecador.