1.10.02

Festival V

Segunda.
1:00 da tarde: Dois perdidos numa noite suja. Puta filme (pra não fugir ao vocabulário de Paco). Débora Falabella, maravilhosa. Tipo, apesar das drogas, esqueça a Mel que você viu na novela. Ela acabou de provar que sabe ser versátil, que sabe criar um personagem diferente do outro, que sabe dar coesão e coerência a personagens por si já fragmentários. Você a vê na tela e pergunta: "quem é aquele garoto?". Enfim, uma puta atriz. E o cara que faz o Tonho (que crime, esqueci o nome), perfeito como um mané de Governador Valadares. O diretor, José Joffily, fez um filme com tudo, comida pesada mas que desce muito bem. Nada é gratuito. Tudo, desde a violência até a sensualidade, é bem-dosado e funciona. Nem tudo é explicado. Trilha sonora perfeita. A sessão popular (a 2 reais, no Odeon) não estava cheia, ao contrário da de Separações hoje. Mas eu amei, recomendo muuuuuuito!!!!!
4 da tarde: Ali. Outro puta filme. Toda a negritude - a black music, a África - é convocada para contar a vida do boxeador lendário. Procura-se mostrar todos os aspectos da vida dele, como algumas conquistas lhe foram sendo tiradas, as convicções de Ali. Eu não gosto de boxe e adorei. Amei. Eu quis ser negra para ter aquela força. Muito legal. Filmaço. Recomendo.
11:30 da noite: Cinemania. Filme sobre adoradores de cinema que mostra como somos ridículos. É legal, mas vidas de nerd não são tããão legais assim e alguns são problemáticos. E realmente, os cinemas deveriam parar de vender pipoca.