Festival VI
Terça.
1 da tarde. Separações. Sala cheia, imprensa em cima. O filme foi dedicado, entre outros, a quem circula pelo Baixo Gávea e Leblon. Engoli em seco. O pessoal que circula pelo filme, tão moderno (lembre-se que "somos" pós-modernos), com aquela história de manter as aparências, casar "pra ter companhia", depois ficar um traindo o outro pelas costas sem ter colhões pra se separar e desorganizar a vidinha tão esquematizadinhazinha... os fins de tarde sorrindo no boteco chique, enchendo a cara pra esquecer as merdas que fez e as futilidades praticadas, fazer mais merda quando bêbado e usar a desculpa de que ama o amorrr... teorias empurradas com a barriga de chope. O primeiro filme no festival que odiei. Por causa do povo dele. Tem tiradas engraçadas sim, e eu ri sem culpa. Mas preferia que todo esse bububu no bobobó fosse pro 2 perdidos numa noite suja, que merecia tão mais... Não é porque o Separações é "filme de rico", ser rico é bão e não tem nada de errado, mas o esqueminha de vida Baixo Gávea é tão medíocre... Me enerva que tais sujeitos possam se achar artistas. Morram! De cirrose e câncer pulmonar.