Um pouco de teoria e pesquisa
Este aí em cima é meu trabalho para uma professora que eu achava muito legal até que...
Não sei se foi aqui que falei, mas gosto de testar meus professores. Só os legais. E é uma coisa meio involuntária. Mas é interessante saber que justo aquela pessoa tão legal tem seus limites; tem seu calo que não pode ser pisado.
Teve um professor de roteiro em teatro para o qual entreguei uma pecinha chamada "Microdrama pós-moderno". Eu achava ele muito legal, com aquela história da clássica tragédia grega e pessoas de nomes complicados, como Clitemnestra e Antígona. Só que ele entrou em parafuso quando mandei aquela coisa: AIDS, seringas, tentativa de estupro, monolitos negros e revista Vogue - tudo em uma página escrita, frente e verso. Me devolveu com um comentário nada elogioso. MAU! Não gosta de teatro experimental? Ele apedrejaria o tal cara que inventou o teatro, o Téspis. Imagino ele numa túnica, agitando os braços:
- COMO ASSIM "VOCÊ É DIONÍSIO", IDIOTA!
E essa professora é ótima, fala de coisas bonitinhas e pós-modernas (ou "da atualidade"), mas me deu 5,5 na prova que achei que foi a melhor da minha vida. Tirar nota baixa merecida, como em Economia, não ligo, mas esse liguei. Mostrei para os coleguinhas, perguntando se estava tão ruim assim. Não, não estava nada mau; mas eles foram unânimes em afirmar que eu havia cometido um pecado supremo, FALAR MAL DO MICHEL FOUCAULT!!!
Agora estou em outra matéria dela. Dessa vez, acho que mereço dez! Nem mencionei o Foucault (pensando bem, talvez isso seja um erro... indiferença ao Foucault!).