4.7.05

fresquíssima

Sempre que saio numa coisa impressa qualquer, ou até em coisas não-impressas, online, fico achando que foi superficial, sensacionalista ou - pior - extremamente sei-lá-o-quê. Muitas vezes também implico com a foto: mas essa não sou eu!, embora seja. Me concentro em ser uma imagem aproveitável para a fotógrafa (geralmente é fotógrafa) e em ser eu mesma, sei lá o que isso signifique; não rir para desconhecidos, a não ser de nervoso, olhos irrequietos - e quando mandam ficar parada como no cabeleireiro, não mexa a cabeça, tenho que me concentrar para não virar um manequim.

Vamos colocar assim: se eu estivesse fazendo um editorial de moda, eu poderia interpretar um personagem. Um outro personagem que não eu. Vários outros. Poderia ser fatal, preguiçosa, nojenta, esperançosa, sonhadora. Saberia ser.
Mas teoricamente, o cara veio fotografar você. Veio fotografar a sua alma. E é muito difícil se interpretar a si mesmo.

Desta vez não embirrei com o texto, nem com o que diziam sobre mim, nem com os termos empregados, e nem mesmo com a foto. A foto foi tirada na minha casa, não sei porque relaxei e deixei, e a fotógrafa foi ótima. Tudo foi tão bem-cuidado que fiquei até desconfiada.
A historinha que contam de mim finalmente está correta, profunda não dá em uma página, mas corretíssima.
Portanto, se quiserem conferir um perfil meu com a minha aprovação, comprem a revista Entrelivros de julho. Eu estou na seção Tinta Fresca. E também saíram três páginas com um trecho adaptado do livro novo.