31.5.04

Mais uma coisa que pensei durante a aula - e não anotei porque, desta vez, esqueci o caderno.
Idéia: quando de um crime de colarinho branco, não prender o criminoso. Obrigá-lo a tutelar um menor infrator. O tempo todo. Se viajar a negócios para São Paulo, leva. Poltrona de lado no avião. Mesma mesa no restaurante. Mesmo quarto de hotel. Tudo do bom e do melhor. Uma vez por semana, assistente social conversa separadamente com cada um e depois com ambos. Se um dos dois fugir ou sacanear o outro de alguma forma, acabou a mamata: direto pra prisão.
O princípio dessa punição: o inferno são os outros. Para o menor, a punição de um pleiboizinho chato e almofadinha 24 horas/dia. Para o riquinho, a falta de educação, finesse e quem sabe até higiene do menor infrator, e a vergonha de compartilhá-lo com os coleguinhas.
Essa punição, na verdade, é multifacetada. Abate vários outros problemas. A falta de consciência da elite - ela vai conviver diretamente com o produto de sua fraude/roubo. A superlotação da prisão. A má condição da prisão. A má distribuição de renda. A falta de oportunidade. O individualismo exacerbado da elite. A impunidade dos crimes por esta cometidos.