7.3.06

Quando vou pruma festa e fico virando a cabeça e olhando com vagar, freqüentemente escorada pela parede, babaquinhas pseudo-preocupados me perguntam se está tudo bem comigo.
Quando vou pruma festa e danço danço danço feito doida 7 horas seguidas sem olhar pra ninguém, viciados na seca me perguntam se sei quem tem bala.
Não sei se devo ser grata por certos comportamentos serem, hoje, desculpados/explicados pela droga ("ah, tudo bem, ela deve estar doidona") ou se fico puta por, exatamente, tudo ser explicado com rótulos céticos como esses (tipo religião durante a Idade Média). Claro, fazer como todo mundo e fingir que é normal (ou tomar drogas pra fingir que é normal) na boate não é uma opção.