28.10.06

Daft Punk Rules the Nation

Bem... éeeh... foi o melhor show da minha vida.
Quem me conhece sabe que não saio de filmes dizendo que foram os melhores filmes da minha vida, nem de shows dizendo o mesmo. Então este é sem favor O MELHOR SHOW DA MINHA VIDA, fazendo com que o do Leftfield (atual 2o) e o do Orbital (atual 3o) perdessem uma posição no ranking.
Por quê?
Simplesmente porque os robozinhos apostaram no vibe (a interação entre o DJ e o público) e não numa fórmula fechada. Não descansaram até ver o público comer na mão deles. Trabalharam duro (Harder, better, faster, stronger). Porque misturaram músicas muito fodas com músicas muito fodas, duas ou três de cada vez, para caber mais. Teve Alive, Superheroes, Rock'n'roll, Prime time of your life, Aerodynamic, e todas as manjadas como One more time e Musique.
Já vi shows com um visual impressionante, mas um visual que engessava a apresentação, obrigando o grupo a seguir um roteiro. Foi o caso do Orbital. Não foi o caso do Daft. A parte visual era programada para se comportar junto com a música: diminuía de ritmo com ela, hesitava com ela, parava com ela.
Enfim, juntei meus oito anos de Aliança Francesa e berrei a plenos pulmões: Allez les robots! Allez! Bravo! O público foi muito caloroso, embora eu tenha percebido que boa parte não entendeu o quão foda foi o show que tinha acabado de presenciar. Mesmo assim, surtiu efeito: impagável os robôs mandando beijinhos.
Quando saí de lá, eu não conseguia fechar a boca ou desarregalar os olhos. Estava em transe hipnótico, estado alfa, sei lá. É o primeiro show de que saio com gosto de quero mais. Não foi o bastante. Se os robôs vierem aqui de novo, eu vou de novo. Ah, e que pecado: não teve bis.