13.1.05

Há certas coisas sobre as quais penso em escrever, penso e penso, e nunca sai nada a respeito. Deve ser porque no fundo não me importa.
Este blog, para quem me conhece, serve como complemento interessante, porque eu não consigo falar tudo - até porque nem tudo é falável. Depois que comecei ele, tenho sido compreendida às mil maravilhas, sou um mistério mais interessante para os meus amigos. Agora, quem não me conhece - sinceramente, vocês deviam achar isso aqui maçante. Epa - de repente acham mesmo, e vêm por quê? Ganha um doce quem souber dar uma resposta coerente.
- Para se entediar no mesmo lugar de sempre (costume).
- Pra saber se estão falando mal de você (paranóia).
- Pra saber se isso vai a algum lugar (não vai).
Sei que há blogs que contam vidas emocionantemente, outros publicam coisas que escreveram, geralmente pequenas (post-sized), outros são miguxinhos i fofinhuuux (imagino que esta gente escreva assim para simular a própria pronúncia tatibitati). Esse aqui é uma espécie de exercício diário de escrita. Nem sempre posso canalizar a minha energia para o livro, porque não tenho uma idéia de como resolver o enredo (o mais complicado para mim, diálogos acho fácil e divertido). Aí fico aqui exercitando as palavras em torno do nada. Então, como já deu para perceber, o livro, sim, é levado tão a sério-seriíssimo que chego às lágrimas e/ou ao riso, às vezes ambos, caminhando pela casa com os braços esticados de pêlos arrepiados (um contador Geiger humano); desvio os olhos da tela do computador porque os olhos doem, subitamente; faces escarlates de pudor, que eu não tenho coragem de ver que escrevi; mil coisas.