23.2.05

Poe

"Contanto que seja pessoalmente pura a moral de um autor, nada significa a moral de seus livros. Achamos, porém, que toda obra de ficção deveria ter uma moral. E parece que os críticos já descobriram que toda ficção a tem. Cada livro, um objetivo, uma intenção, uma lição. Uma mensagem. Na verdade, repassando os livros que desafiaram o tempo ? aqueles que estão sempre atuais ?, fica provado que nenhum homem pode sentar-se para escrever sem um autentico e profundo objetivo. Um verdadeiro romancista não precisa ter cuidados com a sua moral. Ela está ali. Em alguma parte. No tempo próprio ela aparecerá. Virá à luz tudo o que ele tencionava dizer, tudo o que não tencionava, juntamente com tudo aquilo que ele devia ter tencionado. E o resto que ele claramente pretendia tencionar. Assim sendo, tudo dará certo, no fim."

Estranho mesmo foi o comportamento do computador enquanto eu fazia a orelha do livro de contos do Poe. Nunca ouvi falar de um arquivo (o do livro de contos) IMPEDIR a gravação automática de outro (o da orelha, em que eu estava mexendo). Pára com isso, Poe.