27.2.05

Sobre meu passado (passado?) com grandes aglomerações coletivas (ver post abaixo sobre IURD/raves), fiquei matutando porque isso não funcionou com as academias de ginástica. Eu abominava academias de ginástica de longe, e depois, de perto, detestei mais ainda.
Havia hierarquia em todos estes lugares, mas chegava uma hora em que todos eram iguais: todos louvavam, ou todos pulavam. Na ginástica também: todos sofriam. A diferença era que na ginástica havia competição, mesmo que você não estivesse lá pra competir. A neurose ficava individualizada, não coletiva: eu, magro - mais magro que você - você menos magro que eu. Ou: uso mais pesos que você... minha alimentação é menos calórica... tenho mais admiradores sarados... freqüento há mais tempo logo tenho mais "amigos" etc.
O mais próximo que havia de comunhão, e por um tempo eu freqüentei, era a aula de alongamento. O problema era a professora, que, quartaseriamente, estimulava a competição por elasticidade (o que me trazia à lembrança aquelas bonecas de má qualidade que, se forçadas em excesso, se desmembravam todas, caindo a cabeça pra cá, os braços ali, as pernas acolá).