9.7.08

Mais conto

Eba, terminei mais um conto. Este se chama Segundo andar. Vai um trechinho:



suish. suish.
varria Susana os nanoladrilhos hexagonais. Engastados um a um em sua perfeição mosaica, fariam qualquer servente entrar em alfa. E Susana não era qualquer servente. Era a servente Zveiter. Mandara bordar o nome na roupa azul. Amarrara um lenço de dona maria na cabeça, floridinho. Uma mecha esticada corria a testa em diagonal como uma fita loira.
Ergueu a cabeça ainda em tempo de ver alguma coisa que partia soltando as mãos da roda do portãozinho de ferro. Claro, quem esperaria ver uma branca fazendo serviço daqueles. Devia ser a curiosidade da vizinhança. Uma versão da casa mal-assombrada do bairro, com a princesa aurora em vez da velha dos gatos. Quem entra ali, diziam, fica pobre. – Mentira, dizia outro, fica é rico. - Mas leproso, complementa outro.